segunda-feira, 31 de março de 2008

VENTOS DE OUTONO

Sopra ventos e leva para longe aquilo que doi em mim
Vem chuva e lava minha alma sedente de paz;
Por tempo minha estrada fora áspera,
O chão onde plantei ão era fértil e
Colhi espinhos e decepções
Rosas despedaçadas,
Lágrimas e traiçoes;
Dores e mentiras
Tira
Vento de perto mim estas sementes sem vida, vermes,
Lombrigas, Parasitas, sanguessugas,
Tintas caidas nas paredes da cova
Ossos secos no sepulcro
Vampiros, meninos
Dizendo-se
Homems
Doentes
Dementes, Isso sim, são
Palavras sem sentidos, juramentos bandidos
Destinos traçados, morte e sangue
Lágrimas e lamentações
Amores desfeitos
Úteros secados
Sem vida
Beijos secos
Abraços de ossos
Mãos resequidas
Paixões desfeitas
Isso merecem,
Ventos de outono
Trás coisas novas
Amores novos
Corpos novos
Rotas Novas
Vida NovaOrgasmos, prazer,
Sentir, amar, irmãos de verdade
Compnhairos e cumplices.
Filhos de Qaynn

Qaynn Semjaza 31/03/2008 - V.A-BA

sábado, 29 de março de 2008

ABSORVER-TE

Carne minha que me domina
Fulmina e queima minhas entranhas
Desejo ardente que molesta
Me toca em partes íntimas
Com tuas ínfimas respostas
Arca teu corpo sobre minha cabeça
Roça esse carne branca e tenra
Em minha tez e núz se refletem
Entre minhas pernas, ereta
Minha Agonia te anseia
Te degusta sem ao menos
Da a carne pulsante e do sangue quente
Ardente
Sufocante
Ofegante
Prazer.
Inocentemente, ossos carcomido
Torno-me,
Sem reação, paralisado,
Vermes de angustias alimentam-se
De minha carne fria
Morta.
Enquanto tuas mão toca
Meus cílios e retira um pêlo
Um sujeira
Dar-me um sorriso lindo
Mostra-me a língua áspera
A boca úmida
A saliva que desejo beber
Sorver
Até deixar-te em secura total
Sem líquido
Abosrever-te
E sermos um outra vez.
Resistes,
Provocas o desejo em riste entre minhas pernas
Te ri de meu estado de talo em riste
De líquido e pulso que tudo demonstra
Morta
Minha vontade,
Viro-me
Para durmir e rolas
Até minahs costas
Encostas
Tuas mãos em mim
E não resisto,
Ao teu grito silêncioso de me possua
E nós penetramos de tal forma
Que carne duas não somos
Mas uma só.
Após o orgasmo
Voltas ao teu pequeno mundo
E eu a minha solidão e exílio
Suicído esse nosso amor.

Qaynn Semjaza - 29-03/2008 as ,09:51h - Lobato SSa-BA

sexta-feira, 21 de março de 2008

CELIBATO

Como um Padre carcomido pelo celibato
Como um macho vencido da manada
Trancafiei meu desejo na cela dentro de mim
Cuspi
No prado comido,
Transado, gozado
Que me quer sempre
Com volupia e prazer
Vomitei
Em nosso santo ex-leito de luxuria
Onde hoje
Com fraternal amor
Estende-me tuas mãos brancas como as da morte
Com teus dedos finos e pálidos
E pronuncias
A maldição sacrílega
Ao chamar-me
Irmão e amigo...
E eu brigo
Com meus instintos,
Enfrento
Silenciosamente Satã
E rezo ao Diabo que te leve
Para dentro de nós outra vez
Tua maldade e maldição não tem fim
Maliciosamnete
Pronuncias que preciso de um novo amor
De alguém que me entenda
E me tentas
Com um abraço e um afago,
Com leves roças de braços,
Com abraços secos e molhados,
Meu talo
Enridescido
Meu líquido
Um torpor me toma
Dispara meu coração
Suores frios
Encharcam-me o corpo e docilmente finges não ver
Saber...
Que desejo e não posso.
Amém, que assim seja.
Cumprindo a sentença do tezão sem prazer
ter....
Querer
Você...

Qaynn Semjaza (V.A.BA) 21:23 21/04/2008

IMERSO

No silêncio
A distância,
Separação de rotas e corpos,
O indócil.
Palavra e promessas rasgadas.
E eU.
No vazio ao teu lado.
A solidão.
Bate a saudade em mim
De alguém,
Que não devia pensaR
SentIr

Uma vontadE
De fazer o tempo voLtar
Não mais
Ser capaz de tEr o qUe não poder Tocar
Não querer
PrEsa na gArganta e Mão que treme e tenta
O ser
Roçar no profundo de ti e ser consumidO
Antropofagia
Comidos, um só somos, em dois corpos Nus,
Preconceituados

E Antes
Que me entregue outra vez
Sou abandonado
No ato antes de gozar, como um objeto.
Um lixo.
È como me sinto, um Bandido.
Sou menino
E banho-me, com nojo de mim mesmo
Teu Ego
Não sente, porque vive imerso em si mesmo.


Qaynn Semjaza (V.A.BA)27/05/2007 – 23:04

terça-feira, 11 de março de 2008

Qaynn

Meu amado Pai.
Tu que pulsas incessante dentro de mim
Guiando-me cada passo na estrada de Euphame.
Contemplo-me no espelho e a ti que vejo
É Bom tê-lo em mim outra vez e sempre.
É bom ser Afagado em teus braços fortes
É bom ser comida e alimento a tua fome e sede de sangue e prazer.
Crava-me as presas e sorve por inteira minha alma Sedenta de ti e por ti.
Enrosca teu corpo no meu e fazes de nós um outra vez
Tua língua na minha boca são minhas presas
Nos pescoços dos filhos de Seth, alimento nosso, Amém.
Saindo de mim e te vejo ali, deitado ao meu lado,
Em mim, dentro de mim, serpente em riste,
Minha boca e a serpente tornam-se uma só
Num beijo que vai ate o fundo da garganta
Salivando baba e veveno que dá vida e será morte sem útero.
Qaynn meu amado Pai, Meu filho e amante que mim está...
Bebamos o sangue de abel...com prazer e sofreguidão..
Pois é nossa imortal bebida de vida e morte
Maldição eterna e marcada na testa e no desejo de sermos um...
Em teus braços ocultos ao profano
Encontro a paz e a escuridão que tanto anseio
O poder será nosso, pois ele é teu
E do meio de nossas pernas erguer-se-á
Para procriar filhos e filhas
Crianças nossas marcadas e cuspidas.
Bruxas, Vampiras...
Qaynn...

Hades e Persofone

Desci ao Hades
Atravessei o rio da morte e comunguei
Do conhecimento de todos os que trilharam antes de mim
O caminho tortuoso da velha árvore ancestral
Posta no Éden, enroscada por Lumiel.
Comunguei com os que alimentei com meu sangue,
Suor, saliva e lágrimas...Pois eu Os trarei outra vez a vida....
Em Hades encontrei Vênus Deusa do amor e do sexo,
Metamorfoseada em Perséfone triste e chorosa
Tornou-se Rainha Infernal pois Comeu sementes de romã
Banquetou-se na mesa de Hades
E escravizou-se ao inferno por períodos do ano.
Fugindo sua face pálida e sombria de mim
Como uma criança arrependida do que fez de errado.
E eu pude regojizar-me, pois Apesar da fome
Eu não comi da mesa no banquete infernal
E Apesar do gosto...saboroso, acre-doce..
Eu não aceitei as sementes de romã
Pois elas queimariam minhas s entranhas e me levariam
A fonte de orgasmos incandescentes.
Indecentes, indolentes, incessantes, alucinantes.
Eu Não darei ao Fauno o motivo do escárnio
Farei da derrota minha gnosi à Deus
Sorverei cada órdalia pelo prazer de ser eu...
Homem-Deus, Anjo-proscrito,
Menino, megalomâniaco.
Assassino de mim mesmo e das paixões
Que me oferece Satã irmanado a Hades..
Eu não serei Venus -Persefone.
Não tenho inclinações a ser Psiquê.
Não serei Eros escravo de si mesmo por amor.
Eu não serei Orpheu carregado de remorsos e lágrimas.
Sou o que sou.
Vivo pelas minhas escolhas, pago meus preços
Minhas palavras não voltam jamais.
Não deixei viúvas mortas de um defunto vivo.
Eu luto, renasço, ressurjo.
Do silêncio e das sombras.
Do sono e do solo.
Eu voltarei minhas crianças.
E novamente deitar-me-ei com minha amada Lilth
Com minha Saguinária Kali
Com minha Mãe Hécate
E com os Silentes desta terra hei de ser um outra vez.
Eu sou assim.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Uriel

Anjo de asas negras, Ceifeiro de Deus,
Quem te chamou ao covil de Qaynn?
Porque viestes trazer-me a oferta do Um Acima?
Saiba que não me entregarei aos teus braços de Morte
Nem a tua foice que fulmina a alma e destroi a vida,
Bandida é minha estrada,
Marginalizado meu caminho.
Trago a marca da maldição.
Tuas doces palavras rasga-me o espírito
Mas volta e diz ao Um Acima que nem por ele e nem por Hassatan
Que sou o que sou e nada mudará isso.
Eu viverei para sempre por mim e apenas por mim
Dei o melhor de mim, Abel meu irmão..Minha humanidade,
Por amor de ser Qaynn marcado,
Necromante, Bruxo, Feiticeiro, Vampiro, Assassino, Proscrito.
Assinei o pacto com o Diabo com sangue
Dei a ele um galo negro da encruzilhada como sacrifício
Em troca do poder...Portanto,
Se desejas verter teu veneno em minha boca
Faze-o agora, pois ele é meu sangue, minhas lágrimas e meu suor
Eu sorverei contente este líquido da solidão
E aquele acre-docê...Que emanas nas madrugadas insones
Eu me abro aos ícubos malditos e aos Súcumbos bandidos
E me entrego a luxúria do sabá...E lá dei ósculo maldito.
Mas não hei de pedir perdão por isso.
Aceito..
Que seja o pó meu alimento
Que sejam as sombras minha casa
Que seja o Exílio meu destino...
E enquanto os braços alvos e lívidos de Lilith estenderem-se a mim
A Ela vou, durante o trote de meu cavalo de oito patas...
Eu não voltarei ao um acima...Por isso...
Fecha tuas asas sobre ti mesmo...
E volta ao paraíso invernal que desejas a mim
Volta ao teu pequeno mundo, pois Maior exílio é o teu que o meu
Tenho minhas crianças e tu apenas as mãos resequeidas da morte
Para deitar ao teu lado e afagra-te os cabelos.
Eu entro e saio em minhas crias e Meus órgasmos faz-me homem
Tua renuncia faz de tu Arcanjo, Anjo, Assexuado
Desejando o que não terás jamais....Pela tua covardia
Eu sou a rebeldia..A Transgressão..A Sobrevivência
Tu é a dor e arrependimento..Orgulho maior que o de Lumiel
Por isso renego teu hipócrita pedido de voltar ao Um Acima
Pois enquanto eu viver serei aquilo que te tenta...
E sou Azazel, Pai e filho de Qaynn..Nascido do sangue maldito
Da terra vermelha manchada no tempo..De Adão..
Tu é a pálida sombra do Um acima...
Comigo ele se importa..A ti só missão, que cumpres como lacaio
A mim o amor e a decepção D'ele...Sou o desespero de Deus...
Volta a Ele e diz...Que nem por ele e nem por Hassatan
Mas por mim...Apenas por mim, meu sonho viverá
Minhas crianças mortas renascerão.. Evoé Azha'rá
Qaynn.