terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A ANTINOMIA E ICONOCLASTIA NA VISÃO DA CASA DOS CORVOS SAGRADOS - I















Por: Azazel Semjaza Qayinn Lvnae.

"O templo de Deus é no interior de cada um, pois o homem verdadeiramente espiritualizado é um templo permanente onde se abriga o invisível Supremo Senhor do Universo"

Eu realmente queria poder expressar os Arcanus contidos na Antinomia da Arte e sua pratica na forma de Iconoclastia,  poder explicar o que significa de fato quebrar o ìcone e o porque do uso dessa palavra cunhada para exprimir uma heresia medieval, mas é perca de tempo,  pois desconhecendo os mistérios de sua própria terra, cegos ao reflexo do ego no espelho da natureza de Nossa Senhora, a maioria dos Bruxos no Brasil não vêem mais que dogmas forjados na década de 60 do século XX como única forma de expressão da Fé Antiga, nem ao menos se dão ao trabalho de verem o qual semelhante era a feitiçaria praticada pelos indios e a trazida pelos negros para esta terra com as que nos foi legada pelos colonizadores Ibéricos.

Como se não bastasse tudo isso, agora começou a aparecer no Brasil dezenas de Coventiculos que se dizem Ibéricos e pior ainda, se dizem da Tradição Ibérica, como já comentei em outra parte deste Blogger, quando iniciei meus trabalhos com a Tradição Ibérica em 2004/2005 todos os grandes Bruxos e os pequenos também tinham uma avó ou bisavó celta e um avô ou bisavô druida (que nem podiam negar isso porque já eram óbitos a muitos anos e  nem ossos mais deles estavam nos túmulos), aliás alguns Bruxos chegaram ao ponto de negar a própria familia e ancestralidade (será que era por preconceito de cor e raça ou falta de conhecimento de sua própria cultura?) e inventarem genealogias e arvores genealógicas que deixaria qualquer Rei da Europa com inveja.

Mas, não estamos aqui para criticar nenhuma forma de expressão da fé (da Bruxaria) antiga e nem mesmo as pretensas manifestações de antiguidades milenar de alguns bruxos,  porém também não estamos aqui para continuarmos a sermos tolhidos em nossa forma de vê e viver a Arte renegada.

Sim, um Arte não só renegada, mas também redescoberta, renegada porque como são hoje os criticos da herença mágico-religiosa do brasileiro, fomos nós no passado, redescoberta porque nesta herença mágico-religiosa reencontramos o verdadeiro sentido de comungar com o Povo Pálido,  de cultuar a ancestralidade e de comunhão com os mortos poderosos desta Terra de Pindorama.

Ela é uma forma de Antinomia porque ela é ao mesmo Tempo uma Arte e uma expressão de nossa fé, e essa nossa fé não tem nome definido, mas pode se enquadrar em uma forma de Bruxaria, e mesmo assim ela continua sendo apenas a nossa fé, a nossa maneira de viver nossa herança mágico-religiosa.

Mas se essa forma de viver a nossa fé contradita a moral religiosa dominante e ao mesmo tempo usa dos ícones desta fé dominante como meio de expressão, e sua manifestação é capaz de mudar a realidade nossa e por meio de nós a de outrem, e se ela realiza atos de benção e maldição, se com ela aprendemos a viajar entre os mundos  e comungar com os Espiritos e se dela recebemos remédios, e aprendemos mirongas e mandingas com os Mortos desta Terra, e além disso se por meio desta fé e herança mágico-religiosa nós conseguimos voar e mudar a forma, então ela novamente prova por si só ser antinomiana.

A Arte ao usar o ícone da fé dominante transcede-o e ela torna-se no sentido Arcanum do termo uma forma de Iconoclastia, porque ao usar icones daquilo que ela contradiz, ela não lhe dá o devido valor, veneração e importância contidos no dogma, ou seja, ela quebra-o, reduzindo-a a pó e desta forma mergulha no oceano de Sangue de Todos os Deuses Feridos e mortos, tão bem expressados por Andrew Chumbley em Azoetia quando diz:

"...Permita que a Fascinação determine o foco da Crença: A Idéia, Ícone ou Sigilo da devoção. Para chegar, assim, a Lei Natural da Fé chamada Tabu; É a, Fé determinada pelos Sonhos, Intuição e presságios....Invoque você o Deus no Ponto de encontro das Quatro Estradas. Somente assim você conhecerá a Quantidade do Contínuo de sua Totalidade de Ser. Assim você deve ser UM com todo o Poder que agora reside em teu Ícone escolhido. Esse poder você devolve para a Continuidade do UM; pois todo Ícone é vazio, contendo o elixir universal: Azoth. Recuperar o ouro potável a partir do seu molde e devolve-lo para o forno....Isto tu alcançará evocando o Verdadeiro Deus do Caminho-Cruzado  - traga o Espírito da Morte – Você deve garantir tal poder e conhecimento até que você tenha quebrado o Ícone. Assim as energias da tua fé serão libertadas, como se através da dúvida completa tu tenha retrocedido a partir deste ponto, e assim tu será libertado dos grilhões de tua própria forma e será feito livre. – para caminhar a trilha novamente e como será determinado pela Vontade do Teu Secreto Tabu....Saiba também que pela aplicação desta fórmula o Artista Divino pode manipular as energias sutis de Crença para criar propositalmente certas obsessões revolvendo sobre objetos específicos ou fetiches, e assim ele deve criar espíritos-familiares, e elementais para ser utilizado nos diversos aspectos da Feitiçaria...."

Em termo de expressão da Fé,  isso significa que ela  quebra o limite do dogma da fé dominante representada pelo e no ícone e no qual ela como Arte Feiticeira usa e se expressa e ao mesmo tempo esse ato de usar e se expressar naquilo que é contraditório a si para realizar-se, torna-se como já dito, uma ato de amoralidade, essa amoralidade dar-nos a liberdade ao tempo que proibe que o dogma da fé dominante e os mistérios da fé sem nome seja harmonizado pela moral, pois a Fé sem Nome quando expressada no ìcone da Fé dominante, ou melhor ainda, quando se expressa por meios de imagens mortais, feitas por homens mortais, de deuses e santos mortais, de religiões mortais, torna-se o veiculo da afirmação simultânea de duas proposições contraditórias, o que a caracteriza como sendo uma antinominia e como tal pode ser dita que ela é uma forma de expressão local de Bruxaria Tradicional.

Mas, aí entramos em outro campo minado, pois agora no Brasil existem os Puritanos da Bruxaria Tradicional, aos moldes do que existiu a acerca da Wicca de 2001 até 2006, ou seja, aqueles que se alvoroçam para proclamarem-se os únicos, verdadeiros conhecedores e herdeiros direto da Bruxaria e não apenas os detentores do conhecimento de uma Tradição especifica da Arte, que ao invés de serem guias aos novos, tornam-se os algazes dos que tentam sem ajuda buscar seu caminho de fé, e para evitarmos que esses também a exemplo dos neo-bruxos ecleticos e Ibéricos brasileiros nos tentem tolhir vamos nos referir a nossa prática como sendo uma forma de resgate Bruxaria Tradicional Brasileira.

Alias o Termo Bruxaria Tradicional Brasileira seja talvés o melhor aplicado a nós, pois o nosso Coventiculo “tem”o seu próprio modo particular de estudos e práticas, operando segundo uma gnose luciferiana herdada da Tradição Ibérica  e um mito Cainita originado da Feitiçaria Tradicional Européia e de um conjunto de práticas oriundas da Feitiçaria Colonial Brasileira (que pode ser dita como sendo a mistura da feitiçaria indigena, Ibérica e Negra), que inclui elementos e observância de dupla fé, mantendo em seu núcleo, um corpo de princípios de feitiçaria herdados tantos da Tradição Ibérica, como da Feitiçaria Colonial brasileira. 

Espero que daqui a alguns anos não surjam também praticantes de Bruxaria Brasileira milenar, como os atuais milenares praticantes de Bruxaria Ibérica, se achando no direito de nos dizer que estamos errados em nossa forma de viver a Fé sem Nome e que o que fazemos é tudo menos Bruxaria Ibero-Brasileira e que somos vira-latas e espero que não usem a palavra “milenar” e levem em conta queu o Brasil tem pouco mais de 500 anos de descoberto e que quase não sobrou indios  para ensinar a pretensa Bruxaria Milenar Brasileira.




__________________
O Autor autoriza a reprodução do texto,
desde que sejam dados os devidos créditos e direitos
(Autoria e link original)


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A DANÇA DAS BRUXAS - ABRINDO O OLHO DO DIABO

A DANÇA DAS BRUXAS: Abrindo o Olho do Diabo
Copyright © 2003 by Robin Artisson


Reflexões sobre Assuntos Mercuriais de Saturno

Conforme a meu trabalho anterior na Arte chamado o “Sono do Crepúsculo" ou “O Transe”, surgiram muitas vezes tópicos a cerca de de qual o melhor caminho para alcançar um bom estado de transe funcional no desempenho de atos de feitiçaria.

A resposta é bastante simples: Não existe o “melhor” caminho. 

Cada pessoa, sendo um indivíduo, é sucetível a uma variedade de inclinações e técnicas, que faz com que algumas reajam bem ao transcendental praxes do transe, e outros só respondem bem a métodos muito rígidos, concretos e somáticos.

O transe é importante por muitas razões, mas principalmente, porque permite novos modos de percepção, o que por sua vez faz com que as forças espirituais invocadas nos atos de Feitiçaria possam ser experimentadas de uma tal maneira que o seu potencial para transformação é aumentado. O seu impacto está em um nível mais imediato, um que pode ser experimentado, de alguma maneira, pela consciência do praticante. Quando a Arte é feita com coração e fé, e com habilidade, é eficaz, independentemente do estado de espírito da bruxa; No entanto, o prazer e a profundidade da experiência é mil vezes maior quando os movimentos espirituais da Arte se tornam aparentes.

Alguns atos da Arte exigem o transe para serem eficazes de forma significativa: divinação, por exemplo, requer uma mudança em um estado onde as realidades e mensagens sutis não sejam apenas aparentes, mas capazes de serem comunicadas.

Tenho escrito muito sobre a necessidade da pessoa mudar momento a momento o que ele é como ser individual, para uma *verdadeira* e nova perspectiva capaz de alcançar o transe; é preciso mudar a visão e compreensão de nossa relação com o que nos aparece como sendo o "mundo que nos rodeia[1]". 

Uma mudança de perspectiva mais profunda é realmente necessário para apreciar o que o “transe" implica[2].

Eu tenho dito que o "transe" já é algo contínuo, ele já é uma parte de nós; e isto é bastante verdade, no entanto, enquanto uma pessoa pode tomar essas palavras como reais e realmente encontrar a “passividade” necessária para efetivar essa realidade, outras têm dificuldades. Isto não implica alguma a falta de algum dom por parter de ninguém; é apenas uma questão de Destino que nem todas as pessoas trabalhem a abordagem do transe da mesma maneira[3]. Para alguns, medidas extremas, como a self-mortificação e até mesmo o uso de substâncias devem ser introduzidas em certo grau, para se obter a necessária expansão da consciência e da mudança de perspectiva. Para outros, apenas o ritual é necessário. Para alguns, apenas “relaxamento” e a concretização de que o sentimento de "estar aqui" e "a Natureza Toda ao Redor" não é na prática VERDADEIRAMENTE como nós entendemos, e percebem que "O Ser aqui" e a “Natureza Toda ao Redor” são dois aspectos de um Ser Maior, e assim “tornam o salto” entre a menor percepção limitada e maior percepção da Totalidade, muito mais fácil de acontecer.


O Osculo Infame - Beijando o Traseiro do Diabo

Eu decidi escrever este breve ensaio para comunicar uma outra técnica para a realização do Sono do Crepúsculo, ou Transe, que também é conhecido como o “Sonho Desperto”, também conhecido como “Expansão Paradisíaca”, “Abertura do Olho do Diabo", e por muitos outros nomes.

Esta técnica, chamada a "Dança das Bruxas", não é realmente uma dança; mas requer certas ações rituais, feitas de uma certa maneira, para conseguir esta intenção. Esta técnica não é igual a técnica do "Manto", em que uma pessoa passivamente permite que sejam dissolvidas as fronteiras entre si e o que parece ser "A Natureza Toda ao Redor". Esta não é uma técnica que usa respiração, ou os sons da natureza; ou enteógenos. Esta técnica é para pessoas que precisam de um método mais concreto de despertar para o Crepúsculo.

Para executar esta técnica, é fundamental que você leia e entenda o meu famoso "DOIS PEDAÇOS DE UM CONSELHO" - pois eles são a base desta técnica. Para evitar confusão, vou escrever aqui.
"…Ao fazer qualquer Rito da Arte, de um simples Housle a todo um caminho para uma maior sabedoria ou mecanismos de poder, É importante manter dois fatores simples em mente, duas compreensões que farão de qualquer ritual uma experiência verdadeiramente comovente e poderosa. 

Em primeiro lugar, lembre-se sempre que todas as coisas estão ligadas, que não há duas forças ou seres que são separados dentro do grande corpo da Natureza; Portanto, qualquer invocação, qualquer pensamento ou sentimento tem um efeito que é tangível, até mesmo o que parece ser a imensidão do espaço ou mesmo do tempo. Se você se permite entrar no estado meditativo com a certeza de que todas as coisas estão unidas, e que todos os movimentos e eventos e até mesmo palavras e pensamentos ecoam através de um íntimo, inter-fechado sistema natural de relacionamento e Destino, você será verdadeiramente capaz de apreciar os efeitos de suas invocações e movimentos rituais, e terá uma maior capacidade de " sentir-lo" provocando a necessária e desejada transformações no nível sutil. Manter a compreensão da conectividade em mente e a confiança implicita é algo vital, e é a melhor coisa para você ter com você em seus ritos..

Em Segundo lugar, quando você executar os ritos e fazer invocações, ou qualquer coisa, seja sempre suavemente, permita-se ser tão intencional e constante quanto possível - quando digo isto, quero dizer que você deve sempre falar, agir, movimentar-se, e até mesmo pensar de forma intencional, numa forma planejada, uma forma quase “lenta” de sentir; esta é uma boa maneira de cair em um transe profundo que gostamos de chamar de "tempo lento". Quando você levantar uma forquilha de madeira ou uma vara ou uma tigela, quando você fizer invocações, deixe cada ação sua ser tão suave, uniforme, constante e intencional quanto possível; Estas são ações poderosas, ações sagradas, e merecedoras de CADA PEDAÇO de consciência e atenção. Quando você falar, permita que suas palavras seja um fluxo constante e calmo, ressoando com foco intencional.

A mente vai tentar "acelerar" em você, mas suavemente mantenha o foco reinando dentro de si, e deixe a consciência aprofundar-se, constante e completamente absorvida no que você está fazendo, não importa quão pequena ela pareça ser. O poder do rito, os movimentos, tudo subitamente amplia-se de maneira surpreendente. 

Algumas pessoas experientes gostam de entrar em transe antes do começo do rito, mas outros conecem uma outra verdade: que intencionalmente e de forma constante com atenção total para os movimentos do Rito, ele torna-se uma porta para o transe, e, desta forma, alguns acham que é mais fácil do que "colocar o manto[4]", antes de começar os ritos. É simplesmente uma outra abordagem para este (ou quaisquer outros) Rito. Tente ambos, ou use ambos, ou qualquer um deles quando você sentir a necessidade.

Você vai descobrir que estes "Dois Pedaços de Conselho" vai aumentar consideravelmente o poder e efeito de qualquer rito, o sentimento recompensador de qualquer rito é aumentado quando os participantes do rito estiverem descansando na consciência segura da interconectividade de todas as coisas, celebrando toda palavra e movimento final de um puro rito sagrado, com consciência focalizada e com firmeza intencional." 

Essa é a chave para a Dança da Bruxa. Não só você tem que ter fé que sua posição em Destino ecoa suas ações, intenções e palavras em todas outras partes de Destino, você também deve TER ISTO CONSTANTE (em você e viver isso). Cada movimento e gesto único na Dança da Bruxa deve ser feito com a PLENA CONSCIÊNCIA. Isso significa que, desde o início, você esvazia sua mente de qualquer desejo de entrar em um estado de transe, e você não fica especulando durante o rito pensando sobre o que ele pode e "vai realizar". Você deve ficar no AQUI e no AGORA.

Quando você pegar uma corda ou um taça, e levá-la algum lugar, você faz exatamente isso e nada mais. Você foca a força de sua percepção sobre o item que está segurando e está levando, você só fica com isso na mente e nada mais. Você foca sua mente e percepção, com atenção excruciante, no item em si e em tudo que você faz com ele[5]. Quando você faz uma invocação ou um canto, sua consciência e atenção tem que entrar e estar em TODA e cada palavra e em todo e único SOM que saem de sua mente, boca e ser.

Isto é o que faz você chegar ao transe. Lentamente, com firmeza e com plena consciência do seu ser centrado sobre o que estiver que ser feito AQUI e AGORA, e nada mais é permitido colocar entre você e sua realidade imediata. Eu sei que parece simples, porém, você vai ver como a mente foge e tenta acelerar muito. Você deve praticar essa técnica um pouco, antes de começar a trabalhar desta forma seus ritos. Eu sei que também soa demasiado fácil para ser eficaz, mas esse é o milagre da consciência. Tão simples e tão difícil, tão penetrantemente profunda.


Um Círculo e Três Bordas para o “Antigo Rei Cornudo”

Você começa traçando[6] ou imaginando um círculo no chão, com um triângulo equilátero nele, apontando a leste. você deve ter um Arthame ou uma faca de dois gumes, um cordão, um Cálice e uma tijela, fora desse círculo, no leste, onde estará a ponta do triângulo faça um altar para o “Rei de Dois Dois chifres”. Caso não possa fazê-lo, você pode visualizá-lo, ou ainda você pode usar o chão (forrado), ou uma mesa baixa de madeira escura ou um toco de árvore, coberto com vegetação, seca e folhas verdes, ossos e pedaços de chifre, vela, com uma crânio de algum animal Cornudo no centro, como um buck ou um bode. O altar ideal para esta operação tem a palavra "DHULKARNEN" pintado em vermelho na sua frente. Acho que é tão fácil de visualizar como improvisar. Meu tempo pessoal favorito para este ritual é na mata, à noite, sob uma lua cheia, com farinha sendo usada para riscar o círculo e o triângulo, porque ela é da cor e forma como um fantasma brilha.

Saliento que quando se trabalha com o tradicional circulo-e-triângulo devotado para o Senhor Secreto da Fé-Bruxa, o altar deveria estar postado dentro do centro do triângulo. Porém, para este rito indicamos a forma a cima de altar.

Para iniciar o rito, você vai para o oeste, caminhando apartir do seu círculo e do altar, e fecha os olhos, para acalmar-se. Neste ponto, você deve imaginar-se na escuridão, algo que não é difícil de fazer com os olhos fechados, e realmente não é difícil de fazer se você fizer este ritual após o sol se pôr. Quando estiver pronto, você abre seus olhos, e olha a leste para o altar á distância, e imagine que uma luz no altar, (uma Luz a partir do Oriente) está chamando você. Isto é realmente simples de fazer se você tiver um altar real, com uma vela ou duas acessa.

Caminhe em direção ao altar. Quando você alcançar a borda leste do círculo, pare, eleve suas duas mãos e toque as pontas de seus polegares e as pontas dos dedos indicadores juntos, e ao mesmo tempo, formando um triângulo com as duas mãos, Olhe através dele para o altar, e emoldure a luz neste triângulo, e lentamente pronuncie a seguinte fórmula fonética: OZ. AH. EL. Prolongue as sílabas. 

Depois entre no círculo e vá para os quatro instrumentos, (o cordão, o Arthame, a taça, e a tijelas), que devem estar bem no centro do triângulo. Ajoelhando, mantendo as mãos sobre eles dizendo: “EU ABENÇÔO ESTES SANTOS INSTRUMENTOS NO NOME DO DIABO, O GRANDE REVERSOR, SECRETO SENHOR DOS SÁBIOS,PODERES ACIMA E A BAIXO DA TERRA, OUÇA O MEU CHAMADO”

Em seguida, levante-se, pegue o cordão e segure-o na sua frente, de frente para o altar, e ande em linha reta em direção ao altar com o cordão, e quando você atingir o leste, começe a caminhar em sentido anti-horário em torno do círculo dando uma volta inteira, chegando ao leste, então continui andando até que você esteja no norte, pare, se ajoelhe, e coloque o cordão no chão. Como você o colocar no chão, lentamente pronuncie a seguinte fórmula fonética: BEN. ZOH. ZEE. UH.

Agora você retorna ao centro e pega o Arthame, e de pé, segure-o na sua frente, de frente para o altar, é claro. Quando caminhar com os instrumentos, você deve lembrar de fazer isso lentamente, constantemente, e com a consciência plena do que está a fazendo – caminhado e segurando este itém com você. Ande em linha reta em direção ao altar com o Arthame, e quando chegar na ponta oriental, de um volta completa, lentamente, ao redor do círculo em sentido anti-horário, ao chegar ao leste, e quando o fizer, ajoelhe e coloque o Arthame para baixo, e quando faz isso, lentamente pronuncie a seguinte fórmula fonética: BAH. SAH. JAWN.

Retorne ao centro, pegue o cálice e a tigela, e segurando-os na sua frente, de frente para o altar, caminhe nesse sentido. Quando você chega ao leste, de um volta completa, lentamente, ao redor do círculo em sentido anti-horário, ao chegar ao leste novamente, e você continua andando em sentido anti-horário até chegar ao sul. Então, você se ajoelha e coloca o cálice a tigela no ponto sul, e quando faz isso, pronuncie lentamente a fórmula fonética: AH. KARE. UH.

Como com todas essas fórmulas, você deve prolongar as sílabas, lenta e profundamente, e sua mente não deve estar em nenhum outro lugar; seja completamente suave, firme foco deve estar em cada som único e entonação que está saindo de sua boca; Você não é apenas a fonte desses sons, mas os próprios sons. Quando você estiver andando, ou realizar alguma coisa, ou fazendo QUALQUER parte deste rito, é aí que sua mente deve estar, e você NUNCA tem que acelerar qualquer parte disto. Leve o seu tempo e realmente fique profundamente envolvido em cada detalhe.

Agora você retorna ao centro, e encara o altar. Erga suas mãos na direção dela, lentamente chegue, ajoelhando-se mais uma vez na extremidade leste do círculo, que também é a ponta do triângulo. Ajoelhado, cruze as mãos sobre o peito. Diga, em silêncio: "VOCÊ MASTIGOU A CALDA DO BODE; OS CAULES CRESCERAM NA IMPRESSÃO DE SEUS CASCOS. VOCÊ DEU O DOM DA SERPENTE PARA A MÃE ANCESTRAL E O PAI ANCESTRAL DE TODOS NÓS VOCÊ VEIO DE CIMA, E GOVERNA SOBRE UM REINO ABAIXO, ABENÇOA-ME, LIBERTADOR, CUJA CARNE E SANGUE EU SEMPRE TENHO COMIDO. "

Agora vem a parte divertida. Em pé, você começar a ir em um ritmo constante em sentido anti-horário em torno do círculo, mas você tem que cantar algo que você faz - uma coisa pitoresca que alguém que é assim: "…Hobbe ho Hou, John 'i co!, Hobbe ho Hou Kern!" Foneticamente, você diria: HOB. HO. HOO. JOHN EH KO. HOB. HO. HOO. KERN.

Você deve ir ao redor do círculo cantando isso, e quando você alcança um instrumento, como o cordão, ou o Arthame, ou o cálice ou a tijela, você tem que dar um salto curto sobre ele, mais como um pequeno salto. Não fique indo rápido demais; fique com o canto firme e os sons compassado. Sua consciência tem que estar, totalmente, com (e em) tudo que você está, em qualquer determinado momento, e você tem que fazer cada ação, significativamente e com atenção completa e reduzida velocidade, intenção fixa. 

Você tem que fazer três rodadas como esta, em seguida, pare, a leste, e encarar o altar. Se curve uma vez, então volte ao centro. Ajoelhe-se e coloque as mãos no chão em forma de triângulo como você fez no começo. Lentamente cante: AH. KARE. UH

Então coloque suas mãos ao lado de seu corpo voltadas para baixo e sua face voltada para o altar novamente, e veja o que você pode ver. Algumas pessoas vêem o Cornudo mesmo lá, atraído por todas este feitiço; outros preferem visualizá-lo; algumas pessoas fazem ambos. Se você tiver feito corretamente esse rito, com firmeza total, facilidade e profundidade de movimento, e com consciência PLENA de todo único som infernal solitário, movimento e ação, posso assegurar-lhe, você estará em um perfeito estado de transe, e não terá nenhum tremor de dúvida acerca do Grande Ser com Cascos que Eu venho carinhosamente me referindo como "Pai".

O real modo para terminar este rito encantador é ir buscar cálice no Oeste e a tijela no sul, e os colocar abaixo no centro do triângulo diante de você, e verta cerveja preta no cálice, enquanto cantando sobre ele a fórmula: OZ. AH. EL

Em seguida ergue-o e leve-o para o Altar; 

Depois, você bebe metade do copo, e despeje o restante na tigela. Você carrega a tigela para o leste, deixando-a sobre o altar ou no chão diante do altar. Alguns acham que, você precisa se concentrar em algum objetivo que você precisa realizar ou pedir proteção e cuidado que você necessita antes de beber e, compartilhar a cerveja preta, as coisas têm uma maneira engraçada de trabalhar fora para você - isto é, se você tem plena consciência de tudo que você fez, e até mesmo consciência plena de como você compartilha esta Cerveja preta com o Antigo. 

Eu sei que a primeira vez que você fizer este rito você pode achar os sons longos e complexos, mas eu posso assegurar, pois tenho feito isso muitas vezes; o rito é muito curto e simples, mas NÃO é "fácil" se você não tem uma mente que pode ser disciplinada para estar em UM único lugar de uma única e só vez - isto é, o Aqui e no Agora – ou se você não comando a sua plena consciência. A melhor parte sobre este rito é que pode ser feito apenas com os quatro instrumentos necessários, e o resto, como o círculo e o altar, pode ser visualizado, se for necessário. Ele é uma dança simples para um transe poderoso.
___________________________
Esta é uma versão livre e adaptada para o português do Brasil Artigo: “THE DANCE OF THE WITCHES: Opening the Devil's Eye (A DANÇA DAS BRUXAS: Abrindo o Olho do Diabo ) de Robin Artisson (2003).

Notas de Rodapé do Tradutor.


[1]Belenos do Corvo Sagrado nos ensina:” ... O mapa do mundo onde opera ou trabalha o bruxo (ou xamane) pode ser entendido desde aquilo se chama psicologicamente “estados modificados ou alterados de consciência”. Tais estados, aos que se acede geralmente através do período de transição, às vezes são identificados como transe ou viagem. Evidentemente o estado alterado de consciência é o período de transição entre dois estados habituais de consciência...”
[2] Compreende-se com isso o que diz Michael W. Ford em Vox Sabbatum quando expressa: “...O Sabbat das Bruxas é assim um modelo de Auto-Deificação. O Sabbat é uma imagem a partir do qual a mente e a psique estão livres das limitações ou restrições da realidade mundana e da carne..”

[3]Mas uma vez recorremos ao que aprendemos com nosso Pai Belenos nos seguintes termos: “...Portanto, reafirmamos: nada o explica, não é nem axioma nem lei desde o ponto de vista das ciências, é mais o entendimento do mundo no qual as estruturas estão ausentes e nada obedece a alguma lógica, mas pertence à ilogicidade e não obstante funciona...”

[4]Refrências veladas ao verdadeiro sentido da técnica de “Colocar Manto”pode ser encontradas nos Escrito de Michael W. Ford (Calling Down the Moon and the Shades of Lilith, Michael W. Ford - Book of Wamphyri and Shadows e Vox Sabbatum), nos de Belenos do Corvo Sagrado (Ap 06 e 07), e mas claramente nos de Terence Mackenna (O Alimento dos Deuses ) e Carlos Castañada ( A Erva do Diabo); evidente que o termo encobre uma outra variante, no sentido de encobrir a realidade fenômenal e descortinar A REALIDADE NO CORAÇÃO DE TODAS AS COISAS.

[5] Por experiência própria a palavra “excruciante “ (doloroso, pungente, lancinante.) realmente é o que se pode chegar de mais próximo das sensações obtidas neste trabalho ritual ( lembre-se não se pode ficar fixado na sensção, apenas sentir e ser em plena consciência todos os atos), o peso e o transe chega a ser algo quase que insuportável, beirando a barreira que soltam as amarras do barro, vale salinetar, que o únco “manto” usado antes do teste foi “Marca de Jurema, aromatizado com menta” e Sangue de Deus.

[6] Se for traçar o círculo ( e os sigilos) melhor que seja com farinha de ossos ou farinha de trigo pura (sem fermento), branca como a cor do povo pálido do Outro-Mundo.


DRAGÃO

Cavalgue Sobre O Dragão.
Sangue de demonio e fogo de dragão caindo em minhas asas.
Correndp à batalha nos céus.
Deuses antigos estão me chamando, eu os ouço enquanto cantam,
Sobre todos os heróis que esperam minha morte.

Sob um manto de magia Eu encontrarei-os no ar.
Sou invisivel, Me movo sem ruídos.
Eles procuram, mas não podem me encontrar, eles pensam que não estou lá.
Com um feitiço eu os mando esmagarem-se contra o chão.

Espere-me dragão. Nos encontraremos nos céus.
Por fogo e magia eu estou blasfemando.
Inferno está chamando, não podemos ser renegados.
Voe para a escuridão da tempestade.
Nós Precisamos morrer para renascer.

Eu uso um talismã sagrado, eu faço um sinal secreto.
Agora, receba-me nesse vento fraco.
Na jornada de um xamã, Sobre um dragão precisarei cavalgar.
Os portões do inferno estão abertos, Deixe me entrar.

Gorvenar no inferno ou servir no paraiso escolha um altar ou trono.
Todos os mandamentos e leis da disoluçao humana.
Agora, coma a fruta do conhecimento, Para alguem está reparado,
No fogo com sua alma.

Espere-me dragão. Nos encontraremos nos céus.
Por fogo e magia eu estou blasfemando.
Inferno está chamando, não podemos ser renegados.
Voe para a escuridão da tempestade.
*******************************************************8
Um presente do meu irmão Leandro (Lêe..)
Obrigado Irmão..
Ribeirão Preto - SP
Dia 16 de  Janeiro de 2011..

Amo você...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

SEGUNDO DARDO - 2º RESPOSTA "F"

Querida.."F"

Antes de criticar alguém que fala outro idioma, aprenda a escrever e falar o seu próprio, seus termos escritos é um verdadeiro assassinato da língua portuguesa. A bem da verdade,  a forma de escrever com a qual você decidiu nos brindar não é compatível com alguém que se diz uma viajada praticante da Arte, ainda mais da Bruxaria Ibérica, são termos mais eivados de adolescência do que de racionalidade adulta,  lamento que sua tentativa de  nos impressionar com seu pretenso retorno (de busca de iniciação??) de Portugal não deu resultado, aconselho da proxima vez se for verdade que enviei fotos (melhor de rituais) ou na falta de veracidade que ao menos faça como certa pessoa da Bruxaria no Brasil use o Photoshop e Corel Draw e insira sua imagem em pontos turísticos  pelo mundo.

A bem da verdade, começo a me perguntar quem de fato é você, qual de fato é a sua idade, sua via ou tradição, sua linhagem e onde realmente você está ou esteve.

Lembro-me de outro e-mail que recebi com termos iguais aos seus, incluindo a palavra “vira-lata”, só que àquela época a pessao se dizia Stregone e da C.T, porém jamais nos respondeu sobre sua linhagem, inclusive, como temos amigos daquelas vertentes da Arte, procuramos saber entre a C.T e os Stregas,  o que foi veementemente negado, com você não foi diferente, mantivemos contatos com os Bruxos Tradicionais, com Bruxos Ibéricos e com Wicanos e outras vertentes da Arte na Lusitânia e do Brasil e todos negaram qualquel conhecimento a cerca de você e ficaram boqueabertos com suas pretensas alegações.

Aliás poderosa Bruxa, aprenda que quando agente vai criticar o caminho do outro, primeiro nos identificamos, ou seja, cantamos nossa linhagem, seja ela vira-lata ou não, como eu fiz ao lhe responder.

Esperava que você tivesse a ombridade de identificar sua linhagem e origem, e ainda melhor, indicasse-nos um telefone e endereço de contato (coisa  que ainda espero) para que você possa conhecer nossos advogados, e ele vai, em detrimento a você e seus pretensos irmãos e irmãs, asseguar dentro dos limites da lei, meu direito de praticar minha espiritualidade, aliás esperamos isso de você e de todos os detratores, pois não ficaremos parados e muito menos fingiremos como antes, desta vez, irei até as últimas consequências para garantir meu direito constitucional de viver minha espiritualiade e praticar minha Arte.

Diante do que lhe escrevi, a sua única defesa é esta, acusar um livro?
Vamos a lógica, de 10, você vocifera contra apenas um livro.
Espero que seja melhor em mátematica do que em português, vamos ver:

Te enviei 10  (nem acrescentei Joseph Campbell, Eliade Mircea, Carlo Ginzburg e outros);
Em porcetagem temos 10 = 100%,
De modo que 10 -1 =  9 ( ou 100% -10% = 90%), simples não é: nem mesmo o DNA é tão aceito.

De alguém com sua pobreza de linguagem e  aparente falta de conhecimento das várias formas e verdentes da Arte, não podia esperar outro comportamento que não fosse a intolerância com as escolhas espirituais do outro. Só posso crer que você  não possui  nenhuma experiência prática na Arte Tradicional, e deve ter como mestre (e ser ovelha de) alguém que pior que você.

Me orgulho de minha caminhada e o mínimo que posso fazer e exigir é respeito com o Caminho do outro, por isso apesar de não ser defendo os Wicanos, pois a Wicca  é uma religião tão válida quanto qualquer outra, deixe de fanatismo, pare de defender algo que lhe ensinaram ser a única verdade sem nenhuma comprovação, você está sendo infantil e irracional, só falta começar a pregar que a sua visão da Arte é a verdadeira, antiga e absoluta verdade e as demais são todas vira-latas, aliás além de você tem alguns Bruxos Tradicionais que agora também se acham o “supra-sumo” da Arte no Brasil, os únicos e verdadeiros iniciados, fico feliz que minha linhagem é pelo Sague de Caim.

Se  seus iniciadores tiverem opinião e comportamento como os seus, realmente prefiro continuar sendo vira-lata, ou outro termo que você achar adequado a nós. 
Entendo que minha resposta atingiu em cheio seu ego e isto nos deixa contentes, ao ponto de lhes faltar argumentos, encare isso como parte do seu processo iniciático, como parte de reconhecer o próprio Ego, que necessita morrer, nada mais justo para você que ver-se refletida no espelho do Ego de Nossa Senhora Rainha dos Céus.

Agora, se a Irmã é uma Bruxa que aprendeu a saltar entre os mundos,
Se é uma verdadeira serva da Deusa Rã,
Se a Irmã é conhecedora dos meios que conduz aos Prados do Bode, aos Campos de Josefá;
Se você sabe cantar o“encatamento que conduz ao sabá, unte seu corpo ou tome seu chá e então começa cantar o feitiço:

“...Azazas, Azazas, Azazas,
Nasatanadas Ò, Meu Sagrado São Jorge,
Principe deste Mundo....
Meu Dhulqarnen, Mestre do Sabá,
Seja Tu Santo ou Diabo, vem a mim,
Ensina-me o arcanum da Via Norturna
Ensina-me o mistério do Ungüentis diaboli
E o segredo do Vinum Sabbati
Dai-me a Chave para o Reinado dos Sonhos...
Montado sobre o Cavalo de um ano e um dia,
Tua lança, raio da iniciação, alcança o coração do Dragão...
E pousado no ponto central da Encruzilhada...Eu...
Possa voando comungar com o povo pálido nos Campos Josafá
Ouça minha oração: NUNC SCIO TENEBRIS LUX
Zazas, Zazas, Zazas,Nasatanadas, Zazas
Coruja, coruja,  coruja,No corpo de uma coruja eu vou entrar,
Com bastante suspiros e muito trabalho,
Em nome do Diabo eu vou....
E quando voltar para minha casa,
Retornarei para meu corpo de forma tranquila e calma...
Zazas, Zazas, Zazas,
Nasatanadas, Zazas....”
Então que possamos nos encontrar por lá.
.




quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O PRIMEIRO DARDO - RESPOSTA A E-MAIL A Srª F





Saudações...


Não lembro de onde a conheço, se não estou enganado a única “F” que conheci (apenas de nome) era a que morava em Itapuã e tinha uma especie de terreiro (umbanda ou recebia um espirito de cigana), se for, seja benvinda ao Brasil e as suas origens.

Agradeço seu e-mail, porém do jeito que ele veio eivado de palavras fortes e radicais, não poderia deixá-lo passar em branco, até porque ele me lembrou extremistas muçulmanos ou fanáticos cristãos, que se acham os únicos donos da verdade absoluta, fiquei receoso com o clima de Guerra Santa que você pareceu desejar promover contra nós....

Juro que não entendi em que somos ameaça a você ou aos seus seguidores atuais ou futuros, ou no que nós a estamos incomodando, ou ainda o que você tem contra ou a favor de nossa forma de viver o sagrado, não a conhecemos, nunca falamos qualquer coisa  contra ou a favor de você.

Assim, depois deste preâmbulo, passo a responder:

Em seu e-mail você defende a Tradição Ibérica como sendo praticante desta vertente da Arte a muitos e muitos anos, no entanto,  ela é algo  recentemente criada por alguns expoentes da Arte lusitana, dentre eles “B.C.S”, a quem você esta autorizada a passar cópia desta mensagem,

Sabe, engraçado é que nós não pudemos negar nossa linhagem (como verá abaixo e conforme pode ser atestada pela Sacerdotisa da C.T, mais diferente de alguns Bruxos Ibéricos, temos a decência e a ombridade de não pousar de praticantes de uma vertente da Arte antiquissíma, única e verdadeira, porque temos vergonha na cara e não desejamos ser desmentidos por livros de história e antropológia que tratem de Bruxaria em Portugal e no Brasil.

Sempre ensinamos que: a chamada Bruxaria ou Tradição Ibérica (pelo menos os termos empregados) é algo novo e falo não só baseado no que meu Sacerdote me ensinou, mas nos textos que tenho lido de alguns Bruxos (as) e Sacerdotes (isas) que se dizem Bruxos Ibéricos e alegam uma pretensa antiguidade da Bruxaria Ibérica, e no entanto tem a cara de pau de realizar sua arte  na estrutura da Wicca Ecletica (o culto que praticam não difere em nada, a não ser na moda de chamar a Deusa e o Deus Wicca por nomes de Deuses Lusitanos).

Alias vale salientar que quando introduzimos a veneração a esses Deuses lusitanos aqui no Brasil, fomos massacrados como hereges que se treviam a deceltizar a Bruxaria, e, pasme!! recemos e-mails com teor bem parecido com o seu e um deles é de um atual grande Sacerdote Hereditário de Bruxaria Ibérica com site e comunidade da internet, como as coisas mudam né?, louvo a capacidade deles de se renovarem (?).

Sabe o que é engraçado, que os tão poderoso Bruxos Ibéricos do Brasil, que dizem que nós estamos aqui distorcendo sua Arte Antiga Ibérica, e falo com propriedade de quem está neste caminho a muitos e muitos anos, são as mesmas pessoas, que no final da década de 90 até meados de 2005, se diziam Bruxos Wiccas, iniciados pela avó celta monomastequitomizada ou pelo avô Druída.  

No entato, com o advendo da Abrawicca e o fim do tão sonhado e planejado Conselho Nacional de Bruxaria, esses Bruxos e Bruxas Wiccas se declaravam Bruxos Celtas Hereditários e Familiar  e agora aparecem pousando de Bruxos Ibéricos Hereditários (?).

Chega a ser cômico para não dizer trágico, apenas esqueçem que eu estava lá e vi tudo isso acontecer de perto, muitas vezes sendo a vítima deles, como com certeza seremos em 2011, com a  diferença que dessa vez acharam quem abra o verbo com vasto material guardado de listas de discussões, sites e artigos.

Como explicar isso? Como explicar que uma forma de culto nascida nos anos 60, chegada ao Brasil no inicio da década de 90, seja  a base para o histórico e antigo culto da Bruxaria Ibérica (?), aprendi com meu Sacerdote, que tanto o culto como a Tradiçao Ibérica é uma tentativa de reconstrucionismo lusitano, e essa é a verdade sobre a pretensa e antiga Bruxaria Ibérica que você diz que eu estou distorcendo.

Eu desafio, quem dentre estes poderosos Bruxos Ibéricos, com excessão da C.T, possa cantar sua linhagem real e palpável (e não uma linhagem mítica baseada em bisa e tataravós mortas que não podem se defender da cusação de Bruxaria).

Quanto ‘’a C.T, no passado, a mesma mudou de posição, conforme revistas, textos e artigos que guardo em mãos, e agora segundo você,a  CT é de Bruxaria Ibérica, o que mostra que a mesma tem a capacidade de renovar-se sempre. Agora seria interessante você argumentar para a Sacerdotisa de lá sobre o Rito de Santa Clara, quem sabe a explicação seja tão Ibérica quanto você deseje.

Quanto ao símbolo do pentagrama, fico pasmo como Bruxos Ibéricos como você, desconhecem os simbolos gravados na topografia Lusitana, nisso está a diferença, entre o que é ensinada por aí como sendo Bruxaria Ibérica e nosso material da Tradição Ibérica, o nosso inclui vasto material histórico, iconografico e linguistico, bem como, de topografia, essa sempre foi uma preoculpação de B., ou seja,  que nossos estudos não fossem desmentidos ou ridicularizado diante de uma banca acadêmica e assim ele buscou pautar nossas apostilas e livros com material comprobatorio e não com pseudo-mitologias, onde deuses infernais são bonzinhos e abençoam com luz a terra.. não serei eu que irei explicar aos poderoso Bruxos Ibéricos os métodos e os meios de irem ao verdadeiro sabá do sonho feito carne e do salto entre o limiar, que eles fiquem com seus ritos vazios, pois em verdade o que falta a muitos deles é ouvir menos e estudar mais a Arte Tradicional, antes de falar merda ou pousar de Grande conhecedor de Bruxaria.

Quanto a nossa forma de praticar a Arte gostaria que você indicasse onde citamos que seguimos estritamente a Bruxaria Ibérica (?), sempre dizemos somos descendente da Tradição Ibérica (não confunda ambas), mais para deixar claro quero dizer que  o Coventiculo foi fundado no território nacional no dia 23 de Maio de 2005, por Gael Lvnae do Corvo Sagrado, iniciado de Belenos do Corvo Sagrado, Sacerdote do Coventiculo do Corvo Sagrado de Lisboa Portugal,. Nosso Coventiculo é parte integrante da Tradição Ibérica Segundo a Veneração Lusitana, e como tal  é parcela do corpo universal desta, participando fraternalmente deste corpo universal em comunhão com os demais Coventículos que a compõe no Brasil e no Exterior. Nosso Coventiculo em conjunto com os Grupos ou Círculos de Estudos, Coventiculo, Covis e Alcatéias dela surgidos ou ela afiliados, são  Herdeiros diretos da Tradição Ibérica no território nacional. A pesar do vinculo com a Tradição Ibérica,  o nosso Coventiculo foi autorizada a realizar seus rituais e cerimônias ajustados aos ensinos e práticas obtidos pelos contatos com as Feiticeiras e Feiticeiros que estão sob esta Terra de Santa Cruz, isto em termos de sua expressão visível, significa que o Coventiculo “tem”o seu próprio modo particular de estudos e práticas, operando segundo uma gnose luciferiana herdada da Tradição Ibérica e um mito Cainita originado da Feitiçaria Tradicional e de um conjunto de práticas oriundas da Feitiçaria Colonial Brasileira, que inclui elementos e observância de dupla fé, mantendo em seu núcleo, um corpo de princípios de feitiçaria herdados tantos da Tradição Ibérica, como da Feitiçaria Colonial brasileira. A veneração Coventicular em sua forma externa, são mascarados sobre os nomes presentes na veneração da Arte Tradicional, e não na forma Ibérica ou Lusitana, porém, o Coventiculo, não pratica nenhuma uma forma de reconstrucionismo, ele serve apenas como meio de acesso a Gnosis Universal e o sagrado conhecimento dos antigos mistérios, estando organizado com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Conselho de Anciões. Espero que isso sirva para dirimir suas dúvidas, por isso, fique tranquila, nós não vamos conspurcar a sua sagrada e antiquissima, quem sabe milenar (comprovada) Bruxaria Ibérica

Quando você trata de símbolos ou ícones da fé cristã, seria disperdicio tentar explicar a você sobre a Iconoclastia dentro da Arte, então, aconselharia a leitura do Livro “Azoetia “ de Andrew. D. Chumbley para melhor compreender o uso de ícones mortais, da fé mortal de homens mortais em nossas práticas (aliás a obra dele é muito rica (e cara), bem como, aconselho dentro de suas posses e habilidade com a lingua inglesa adquirir estas obras encontradas no endreeço: http://www.xoanon.co.uk/xoanonbackcatalogue.php
Todas elas apesar da linguagem arcana, coloca o Peregrino  na busca da Luz da Gnosi.

Agora quanto a seus comentários a cerca de H. cabe a ele defender-se.

Quanto aos comentários ácidos feitos ao meu respeito, lhe digo: para dar-me conselho que nunca lhe pedir ou fazer comentários da minha vida espiritual:  PAGUE MINHAS CONTAS ANTES. Enquanto eu viver das minhas custas, e não de explorar a fé dos outros, nem você e nem ninguém tem moral ou direito de me ditar regras de viver minha vida espiritual.

Solicitamos que não nos escreva mais nenhuma e-mail com teores desse tipo, reserve suas palavras áqueles que a desejam ouvir, pois assim estará fazendo um favor a nós, ou seja, nossa  propaganda e divulgação,  pois toda vez que citar meu nome mais e mais pessoas sentirão a curiosodade e virão nos procurar para tirar dúvidas, assim, nosso detratator, como no passado, se torna nosso maior marketing.

Bençãos e Maldições...
Sangue, Suor, lágrimas e saliva é tudo que posso ensinar...