domingo, 16 de novembro de 2014

RESPONDENDO A COMENTÁRIO..

16 de Novembro de 2014...
Meu domingo transcorria como de costumo, geralmente é o dia que uso para descansar, deixo as atividades espirituais ou as diversões para o sábado, por volta das 16h00min, resolvi interferir no Blog e postar um texto novo, em geral um poema. Porém, uma mensagem na caixa de moderação,  me surpreendeu – Quem teve coragem de usar a carapuça? -, mas também me frustrou, pois quem deixou o comentário, preferiu o segredo do anonimato - a covardia é do caráter.
O Comentário a principio demonstra o tipo de conhecimento e grau de inteligência de seu autor, eivado de erros ortográficos e pontuação, recheado com total desconhecimento sobre Bruxaria e Paganismo Moderno. Mas apesar de tudo, alguns pontos me são de ótima valia, pois me dá a oportunidade de dirimir dúvidas gerais a cerca de minhas práticas espirituais e de Bruxaria. Não vou reproduzir no velho Ctrl+C e Ctrl+ V as partes de seu comentário, porque ninguém merece ser exposto a tantas asneiras.

LUCIFERIANISMO E CAMINHO DE CAIM.
O primeiro ponto é uma critica a minha escolha pela autodenominação de Luciferiano e em seguida pela predileção em seguir um modo de espiritualidade pela ótica do Caminho Caim.
Para começar, aconselho um estudo mais acurado sobre o Luciferianismo - não vou lhe indicar livros e textos e com isto lhe tirar o prazer da pesquisa – em segundo lugar, Lúcifer e Satã, são duas coisas distintas –  não vou lhe ensinar aqui sobre questões de práticas com o “ Opositor “. Neste caso, como no de Caim, não vou saciar sua curiosidade, posso lhe afirmar que tudo tem haver com estados mentais – metamorfoses, transmutações, estados de ser  - afinal, você poderia nos fazer um favor e buscar nos textos e comentários aqui mesmo do Blog e aprenderá um pouco além do ensinado. Há, desculpa, sempre esqueço que seus sacerdotes e sacerdotisas lhe proíbe de ler – como a igreja medieval que tanto criticam- algo  que não seja legitimado por eles, afinal pode ser que o cabresto que colocaram  em você, seja rompido e você se torne um Andarilho Solitário em Busca da Iluminação, ou seja, Cainnita e Luciferiano...

SER OU NÃO BRUXO
A segunda é sobre eu ser ou não Bruxo – que diabos você é se defina – bem, estou longe, muito longe de sua visão de Bruxaria. Para você ser bruxo é adorar a Grande Deusa Mãe, se realmente fosse levar isso a sério, nosso dialogo terminaria aqui. Até mesmo burrice tem limites. Já me basta, um pseudo-grande sacerdote largar a carga d’água de que a Bruxaria (tradicional) e ao agregado da cultura Européia, desconsiderando sua própria terra, seus parentes e as demais práticas de Ofícios, ainda vem você me afirmar com letras grandes e caixa alta de que – BRUXARIA É O CULTO DA GRANDE MÃE... Ora, um culto que apenas celebram Lunações  e oitos Festivais no ano (erroneamente chamados de Sabás), não é a ÚNICA e VERDADEIRA Bruxaria Tradicional, isso pra mim, chama-se (tentativa) de reconstrucionimos Pagão ou Neo-Paganismo – há muitos Bruxos pagãos sérios e verdadeiros, mas eles não são os únicos e verdadeiros, não são dementes ao ponto de afirmarem isto de si mesmos.  
O que você faz meu caro anônimo, tem em comum com os que conheci há mais de 15 anos atrás - que antes se chamavam pagãos, depois Wiccanos, para em seguida se denominarem de Tradicionais, e alguns até de únicos Ibéricos – e que são todos iniciados por suas avós celtas monomastequitomizadas, é distorcer a Wicca que Gardner nos deu, que ele herdou e reestruturou a partir dos descendentes de “Old George Pickingill (1816 -1909)” -  Cunning Man, Feiticeira, Bruxo e o Mago.
É bem, possível, que você não saiba quem foi “Old George”, muitos menos que foi Andrew Chumbley, ou quem é Daniel A. Schulke, provavelmente, acredite, que o que você chama de Bruxaria e diz seguir é um culto milenar, e ininterrupto, que sobreviveu, Graças as Bruxas boazinhas que apesar de serem perseguidas pela Igreja Patriarcal, nada fazia para se defender, apenas continuavam dançando e pulando pelos Bosques.
Acredite!!!! parte da culpa não é só sua, é também de seus pseudo-iniciadores que - sem um “Corpus Practice”, herdado pelo sangue ou adquirido por linhagem de adoção – apenas repetem nos seus ouvidos o conto de fadas dos que querem vender livros e workshops, ou seja, mentiras símeis aos fatos.
Sabe caro anônimo, como você deve ser um legítimo defensor do agregado da herança Européia como sendo Bruxaria Tradicional, acredito que não deve fazer como 99% dos defensores da mesma visão sua, ou seja, além de distorcerem a Wicca, tem a cara de pau de distorcer os ebós e feitiços das religiões nacionais, mudando apenas o nome da Entidade ou da Yabá por um nome de uma das Deusas do Paganismo. Retiram, na maioria das vezes apenas o sangue de algum sacrifício e – por falta de coragem - substitui por ketchup ou suco de morango, ou trocam o dendê por óleo de oliva, no resto até as flores, plantas e ervas que usam, são legitimamente nacionais, nada nascido, crescido ou cultivado da Europa. Que lindo néh, se diz descender de uma linhagem de avós celtas e não tem nem um corpo de pratica que seja da Europa, tudo é tirado e reciclado dos cultos que aqui surgiram ou fincaram raiz – Catimbó, Candomblé, Umbanda, etc...-

MEU CAMINHO
Primeiro não é de sua conta, pague minhas contas e durma comigo pra procurar ser tão íntimo. Não devo satisfação a você, nem a ninguém, como tenho dito, vivo do suor do meu rosto, não pago pau pra Bruxa ou bruxo algum, não fico tirando onde quando viajo com dinheiro alheio. Mas para que você e muitas desocupadas que passam o dia nas redes sociais fazendo futricas e intrigas – isso é falta de sexo, falta de gozar. e que  acham que meu nome é osso, pois não sai da boca de vocês: Afirmo Sou Juremeiro, Catimbozeiro, Feiticeiro, Bruxo, Mandingueiro, todos os credos, ethos e aethos são meus por herança e adoção, sim, sou Bruxo e Cainnita sim, e nem você e nem nenhum FDP vai me dizer ao contrário, a menos que me faça gozar muito e pague minhas contas.  

Espero ter lhe respondido...

sábado, 8 de novembro de 2014

AS PSEUDOS-MUSAS DO CAMINHO SOLITÁRIO

Por Jayhr Gael Lvnae



Certo dia uns irmãos de nosso Antigo Coventiculo surpreenderam-se ao saber, que, além do Catimbó Jurema e do Candomblé, eu ainda praticava os ritos da “Fé Sem Nome”, foi uma reação chocante - afinal, como poderia eu, misturar as coisas assim? - Que nexo havia nessas reações se eu já sabia que vários já trilhavam por caminhos adversos e outros estavam estancados no zero da vida espiritual?. De qualquer sorte, passado o susto inicial, surgiu a idéia de criarmos um grupo no WhatsApp, que posteriormente migrou para uma Comunidade Fechada no Facebook.

Sim, ali foi sendo reunidos aos poucos, boa parte de nossa Família, com raras e poucas exceções, estão à maioria dos que adotamos como filhos Coventicular, misturam-se naquele espaço virtual os Candidatos, Noviços, Dedicados, Iniciados e Elevados em Graus em nosso Sangue Lvnae.

E foi justamente dali, que alguns lançaram a idéia de um recomeço, de um retorno ao “Aquém do Véu” de nosso Coventiculo, a final ele estava no “Além do Véu” já fazia alguns anos e grande parte sentia-se saudosistas – uma vez iniciado o caminho nunca mais as coisas voltarão a ser como eram – o que era compreensivo e aceitável - pois aquilo que nos une é maior que do que aquilo que poderia nos separar. E assim, essa idéia ia ganhando corpo até mesmo dentro minh’alma.  



Acontece que aquilo que se apreende - com a Mestra Vida - não se esquece com facilidade – pés atados, porém soltosa que preço isso ia se realizar? Quem de fato estaria disposto a pagar o preço? – afinal, disponho de espaço, mas de pouco tempo. Além disso, as Pseudas- Musas do mundo virtual -  Lembrança, Solidão, Raiva, Ódio, Rancor, Cobrança, Preguiça, Decepção, Arrependimento, Mentira, Padrão, Engano, Frustração, Teste, Traição, Percepção, Humildade, Medo, Prazer, Vaidade, Vingança, Dor e Revelação -  como suas homônimas gregas, também  “sabem muitas mentiras dizer símeis aos fatos " e “sabem, quando querem, dar a ouvir revelações", com o agravante que nos dias atuais elas mesmas levam pessoas a visitarem constantemente  os consultórios Psicanalíticos e Psicológicos, sem contar com os Psiquiátricos – haja tarja preta.

E as Pseudos-Musas Vira-Latas Nacionais - Imitações baratas das Filhas de Menmosine e Zeus - com suas vozes de gralhas e seus instrumentos tupiniquins – apenas para contrastar com as rivais Européias – cantaram os augúrios, mais ao contrario das Gregas que cantavam a existência futura, elas cantaram a existência passada.

 Cada qual em sua área de atuação destilou rios de vivencias pretéritas em forma de imagens – boas e ruins – a parte intolerável, é que, isso foi em forma de Pagode Baiano do Gueto – coisa que não suporto, mas, perdoável, afinal, elas são Musas da Periferia – E antes que você ria delas, saiba que elas - apesar de receberem bolsa família, são sábias e passaram na escola de musas, somente pelas cotas raciais –  sabem muito bem prever o futuro, alias, não tem cartomante melhor que elas.

Quatro delas em especial – Mentira, Padrão, Engano e Teste - foram mais eloqüentes e cultas e chamaram minha atenção, pois usaram métodos fora do comum – cantaram MPB e Bolsa Nova - e evidente que dei ouvidos a elas, e, com isso um plano infernal foi soprado e concebido em minha  alma e mente - Luciferiana e Qayinnita.

Fiz um chamado aos Corvos Lvnae no blog e na Comunidade recém criada na rede social do Facebook... e muitos curtiram, alguns comentaram, e ninguém entendeu. Não entenderam mesmo, então fui mais direto, criei um novo grupo privado, para que ali se fosse tratado da busca do Caminho Solitário Luciferiano e Qayinnita. Fiz o anuncio –  ou melhor,  joguei a rede que me foi dada por “Padrão e Teste” - e esperei que os peixes mordessem a isca. Do universo de mais de 80 pessoas, pouco mais de 16, se interessaram e entraram.  Dentre estes, um ou outro, “Pavão”, ou seja, aparentemente sábios em demasia, associaram-se.

“Padrão” deu o alerta cochichando em meus ouvidos: cuidado com os cânticos de “Decepção”, eles atraem “Frustração e Solidão” e se não tomares cuidado, “Dor” e “Raiva” se tornarão suas parceiras nesta Jornada. Alerta dado, consultei o “poço da Ilha de Avalon” e logo “Arrependimento” provou que o sibilos de “Padrão” – que deixariam a Sacerdotisa do oráculo de Delfos no chinelo - estavam corretos – e nem digam que esta massa era da boa, pois “Padrão” é careta.



“Os Mestres” foram os primeiros a pularem fora do aquário - como ratos em um navio a pique – reclamaram que os exercícios iniciais eram simplórios, que as práticas eram medíocres e estavam muito aquém de seus níveis de conhecimento, que as pessoas ali eram desinteressadas, etc... - acontece que lhes faltaram ouvir o cântico de “Percepção” – alias a única com ouvidos apurados para a musica clássica – pois não viram que seu papel ali era justamente aprender os primeiros acordes de “Humildade” e assim agregarem aos tons de “Vaidade”, um acorde poético que lhes dessem bons ouvidos a “Prazer”.  Também, entre nós, havia o tipo investigador – pois o Grupo criado tinha por objetivo pessoas de qualquer nível, pertencentes ou não a grupos formados -  ou seja, movidos ao som de “Rancor”, achavam que “Traição” iria roubar a cena tocando -  em suas mentes doentias - pensavam que eu tinha como objetivo com o grupo, botar para tocar a musica de “Vingança” – vaidades das vaidades - entraram não para colaborar, não apara aprender e ensinar, mas apenas com intuito de sondar minhas intenções junto aos seus pupilos e assim se precaverem de minhas más intenções e do meu plano diabólico de destruir seus grupos de sucesso e bem estruturados – com muitas ovelhas brancas, e uma ou outra, ovelha negra.

Deste ponto em diante “Padrão” cedeu espaço a “Teste” e eu simplesmente me tornei um oráculo para ela, e ouvindo suas palavras cantadas como um bailado triste e lento, deixei intencionalmente de ser participativo em ambos os grupos, como resultado disso a maioria das pessoas ali deixaram de ser proativos.  

E este cântico de “Teste” não falha, ele revelou suas irmãs mais chegadas: “Preguiça e Cobrança”. Revelando, algo que já havia visto na vivência Coventicular - o tipo buscador Ovelha - essas duas últimas irmãs, andam de mãos dadas, e entoam um Louvor a este ultimo tipo de buscador: “se não tiver quem me cobre, à preguiça me deixam inerte, e é preciso, usar de chicote no meu lombo, para que eu de fato pratique algo, sou do tipo que só faço o que seu mestre mandar, uso "tapa olho de cavalo espiritual” e assim não percebo o que se passa de fato em minha jornada no Caminho Qaiynnita. Em palavras simples, esse cântico, sem rima, sem versos e sem prosas, revela que esse tipo é incapaz de buscar ou praticar ao som de “Solidão”. Precisam sempre de um Mestre para lhes ajudar a encontrar e superar o medo – pois não se preparam de fato - dos perigos e dos Espíritos do Caminho de Caim. Seus egos submissos, são seus próprios cabrestos, freando, dominando e direcionando sua busca – sua psique enraizada na moral é o condutor da carruagem que direciona o cavalo de sua Peregrinação. E passam sempre a viver com ”Lembrança e Ódio” do que fizeram, do que podiam ter feito e sido.

Assim, do universo de mais de oitenta pessoas, e, de um outro universo virtual de quase vinte, ficaram três ou quatro na busca. Vivam vocês, estamos juntos.

“Padrão” canta:
Egos feridos e enraizados, não hão de não entender e não aprender com os próprios erros, hão de crucificar-te. Carapuças hão de caber em cabeças alheias.

Respondo a “Padrão”: Eu vivo de meu suor e trabalho, quem paga minhas contas sou eu, se não querem refletir e recomeçar, problema de cada um....  Foda-se quem se doer, será bom mesmo que expressem e comentem, assim, não preciso expor ninguém, deixo que cada um dance ao som de “Revelação”.