sábado, 18 de novembro de 2017

O PREGO QUE NUNCA ESFRIA - PARTE I

O DIÁRIO DE AZAZEL - PAGINAS 1888 A 1893

A Madrugada ia já alta, eu dormia pesadamente, mas por mais estranho que pareça, eu tinha total consciência no meu próprio sono. Dormia, mas estava acordado na consciência, sonhava, um sonho, que sabia ser sonho, mas não um sonho comum, não era uma experiência de imaginação do inconsciente no período de sono, era bem diferente disso,

Eu sabia que estava dormindo, e mas ao mesmo tempo que estava passando pela experiência que chamo sonho-acordado. A principio,, ele era recheado de pavores e Eu estava em minha própria forma - este foi um dos raros sonhos em que nenhum sinal de ressurgência atávica[1] licantropica [2], ou mesmo a metamorfose em animal, se manifestou.

Em seguida, o êxtase tomou conta de meu corpo e mente, e abriram-se campos verdes sobre os quais eu flutuava a poucos metros da relva e dos arbustos. Meu corpo sobre a cama havia sido possuído por outra consciência que não era a minha, enquanto minha consciência (alma) se expandiu além do limite possível e espectro visível, mas ainda tendo total consciência de que estava ligado a meu corpo, mas não podia controlar as ações, palavras e pensamentos dele, ou que através dele fluía. Ah!!!, é assim a possessão, ou acostar, este é o verdadeiro estado de ser possuído, a consciência não é apagada, mas tomada e levada a habitar o corpo imaterial do ser que momentaneamente está acostado em meu corpo. Deste modo, há uma permuta, um intercambio entre meu corpo carnal e o corpo sutil além do véu que é a morada da Alma (consciência viva) daquele que possui meu corpo.

Uma melodia de tambores, ritmado, compassado, acompanhado por vozes, como de águas a cair, e vento a sobrar sobre as folhas, exaravam palavras num língua ancestral já muito esquecida e morta deste lado palpável da cortina:

Há momentos de silenciar e ouvir a voz do Tempo,
O fluxo e refluxo que Destino move e remove
No interior de cada um e seguir em frente e seguir em frente.

Quando a força de mudar te move e você resiste,
Insiste em permanecer na sua velha e boa zona de conforto,
Enrolado no coberto da mesmice, da dormência do corpo,
Sua alma fica inquieta e movimenta as correntes
Que te levam para frente, observe, pense,
É hora de silenciar e ouvir a voz do Tempo,
O fluxo e refluxo que Destino move e remove
No interior de cada um e seguir em frente.

Quando o medo te domina, e te cegas como antes,
E já não consegues ler no teu passado remoto,
O que tua resistência a mudança te causou
E já não consegues fazer a analogia, entre o ontem, o agora
E o que te espera amanhã, observe, pense,
E hora de silenciar e ouvir a voz do Tempo,
O fluxo e refluxo que Destino move e remove
No interior de cada um e seguir em frente.

Quando os teus planos são frustrados, o amor escapa,
O relacionamento acaba, e, nas sombrias horas da madrugada
Quando estender o braço e ele já não alcançar o abraço,
Ou o lugar ao lado já não estiver ocupado pelo ser amado,
Bate aquele o frio e solidão, palpita o coração,
A angustia e escuridão, se anunciam e se prenunciam
Num silencio ensurdecedor gritado sem som, observe, pense,
É hora de silenciar e ouvir a voz do Tempo,
O fluxo e refluxo que Destino move e remove
No interior de cada um e seguir em frente.

Quando o pavor se faz presente
E a única saída seria dando cabo a vida,
Achando que se resolve a querela,
Grotesco erro seria aniquilar aquilo que um dia,
Te foi dado, de bom grado,
Pois a morte não resolve os teus problemas
Criam outros para os que te amam, por isso,
É neste momento que é preciso
Silenciar e ouvir a voz do Tempo,
O fluxo e refluxo que Destino move e remove
No interior de cada um e seguir em frente.

Em seguida, o intercambio foi desfeito, meu corpo foi desacostado, despossuído, cair para dentro de mim, e a mente foi envolvida pelo breu, no escuro, sono profundo - nenhum vislumbre ou faísca que tanta ansiava se fez presente - e somente, a certeza vívida que eu dormia o sono do justo, e mesmo mergulhado neste sono eu sabia que eu estava dormindo, e aquela estado de despertar no sono não acordava meu sono e repouso do corpo -  Eu estava dormindo. 

Estranho explicar, traduzir em palavras este sono profundo do corpo, e ao mesmo tempo, a consciência latente e vibrante, em dois lugares – no aqui no corpo na total certeza do sono e lá por detrás da barreira do próprio sono, eu estava entre um estado de espécie de dormir, sonhando, acordado, dormindo.

Os dois estágios deste sono – sono de possessão e consciência do eu por detrás do sono – têm em comum, a ciência de saber que se está ligado ou possuindo um, o corpo do outro.

No segundo caso, o meu eu tem plena consciência de que está dormindo e de que o meu corpo não está possuído, portanto, palavras, e ações, ou até reverberações que aconteçam nele, é conseqüência dos contatos que minha Alma (personalidade, Ego ou Eu) têm nestes estágios. 

No primeiro, tratando-se de permuta de Almas-Conscientes, entre o corpo imaterial (Alma Conscientes, Espírito, Guia, etc..) e corpo material, ou seja, entre o Ente de além e o Eu de aquém, onde ambos mantemos a consciência dos nossos próprios corpos pessoais, mas não temos consciência dos atos e palavras que cada Personalidade praticou, ou seja, não controlamos as ações e palavras em cada mundo quando há permuta de personalidades, assim, um é responsável pelo corpo do outro e pelas ações e palavras que emitirem em cada mundo que se manifestem por esta via.

Em palavras simples, há a ligação, para que a permuta aconteça, sim, os semelhantes se atraem e nisso há varias imbricações, que não há como discorrer, pois cada um sabe a estrada que trilha e com quais forças ou mundo está assemelhado. 

No Segundo caso, acontece é que minha mente busca os atalhos que a mantém alerta para os contatos alem do que pode ser mensurável, e ali e aqui, são trazidos augúrios, presságios, visões, alertas, ensinos, encontros com seres e pessoas as quais me dizem tudo ficará ai na Alma-Consciência e virão a superfície da mente no corpo no momento certo.

Todo este assunto, introdutório foi para contar às experiências que venho passando: Nesta noite, sonhei, um sonho de não possessão, era um destes que vem em forma de augúrios que somente a mente que viaja sem muletas – através da Abertura do Olho do Diabo e do Feitiço do Encanto que induz a voar – compreende:

Estava na cidade de Jerusalém, próximo à páscoa Judia, por volta do ano 23 ou 24, Israel estava sobre o domínio Romano. Havia rumores de que haveria um levante, pois um profeta Judeu havia sido preso e condenado a crucificação, o Governador Romano queria que sua morte fosse um espetáculo e assim levar terror, pavor e medo aos seus seguidores.

Meu pai havia armado sua tenda de Ferreiro fora dos muros da Cidade Santa, de certo modo, eu sabia que não era dali e que não tinha lugar ou pátria certa, pois quase sempre quem passava nos dirigia impropérios e cuspiam no chão, nos chamando de “Racas” e “Gitanis” ou algo assim. Nós éramos diferentes daquele povo, nossa pele era mais escura, devido ao forte sol e as mudanças de lugar, éramos um povo sem nação. Minha Mãe era uma escrava liberta Africana e meu Pai descendia de Judeus dispersos, mas tornara-se, como diriam hoje um adorador de imagens, porém, era um exímio ferreiro, fazia ídolos e tudo que o metal pudesse proporcionar. Não ligávamos para os xingamentos, desde que pagassem pelos serviços de ferreiro, e em tempos de festa religiosa como aquela, não nos faltavam pedidos e as moedas caiam e enchiam o baú de meu Pai. 

Foram tantas encomendas, que não havia mais metal para ser trabalhado, por volta de 03h00, fomos acordamos por um Centurião, que trazendo trinta moedas de pratas, ele disse simplesmente para o meu Pai, “...este é o preço da traição, tome e forje quatro pregos, agora!!!...”. De imediato, a forja foi acessa, e as pressas quatro pregos, estavam sendo forjados, martelo na bigorna, batendo o ferro em brasa, o sol já ia surgindo, enquanto três pregos estavam prontos, e um quarto na forja em brasa. O centurião interrompeu o trabalho do meu pai e disse, “o quarto, leve-o ao Monte Caveira” e saiu apressado, meu pai, com a pinça, mergulhou o quarto prego na água, mas ele não esfriou, pelo contrário fico incandescente, num descuido entrei na tenda e esbarrei em meu pai, ele deixou o prego cair e este afundou na terra e desapareceu. Meu pai assustou-se, e ordenou que fossemos embora depressa, enquanto o cortejo da crucificação saía, nós estávamos a caminho do Egito, antes da partida meu Pai jogou as trinta moedas de pratas no chão e disse, isto é preço de sangue de um justo. Estamos amaldiçoados. E toda vez que firmávamos a tenda em outro lugar, e já estava na hora de partir, o prego emergia de sob a terra, o prego que nunca esfria.  

Passaram as épocas, anos e décadas e em fim no seu leito de morte meu pai me disse: 

“...Filho, toda vez que o prego ressurgir – o prego que nunca esfria - mude de lugar, pois o perigo está por vir, sempre veja este augúrio, este é o teu sinal. Aquele que foi morto na cruz com os três pregos e MelekTaaus, ele é nosso parente por meio da linhagem de Qayinn, mas para este povo ele assumiu a forma do avatar de profeta judeu, e, para nós ele será sempre o Anjo-Pavão, o Deus Lobo, Azazel o Caído no Ventre da Virgem do Paraíso, segura o arco e a flecha que te garanta sustento e proteção, leva contigo espelho onde vemos o futuro e as cosias do outro mundo e é neste momento que é preciso, silenciar e ouvir a voz do Tempo, o fluxo e refluxo que Destino move e remove, no interior de cada um e seguir em frente. 

Fechou os olhos e foi-se habitar junto aos meus antepassados".

Quando o sonho ia já por fim, uma voz familiar - voz que não ouvia a mais de 15 anos – me trouxe de volta ao mundo do breu e....

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Texto construído a partir da reflexão de meu sonho, por isso o texto tornou-se mentiras símeis aos fatos... “e dizer mentiras símeis aos fatos é furtá-los à luz, encobri-los. As mentiras são símeis aos fatos enquanto só os tornam manifestos como manifestação do que os encobre " ele, revela assim, similitude que se oculta na verdade e na mentira no estreito caminho entre o cinismo e a ingenuidade.....
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[1] No folclorelicantropia é a capacidade ou maldição caída sobre um homem que se transforma em um lobo. Em psiquiatria, é um distúrbio onde o indivíduo pensa ser ou ter sido transformado em qualquer animal. O termo provém do grego lykánthropos (λυκάνθρωπος): λύκος, lýkos ("lobo") + άνθρωπος, ánthrōpos ("homem").

[2] Atavismo (do latim atavus, "ancestral") é o reaparecimento de uma certa característica no organismo depois de várias gerações de ausência. Em biologia, atavismo é uma reminiscência evolutiva, como reaparecimento de traços que tiveram ausentes em várias gerações. Pode ocorrer de várias maneiras. Uma maneira é quando genes para características previamente fenotípicas existentes são preservadas no DNA, e estes tornam-se expressar através de uma mutação que quer nocautear os genes primordiais para os novos traços ou fazer os traços antigos substituírem os atuais).
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sábado, 12 de agosto de 2017

ALEA JACTA ESTE - PARTE VIII


O DIÁRIO DE AZAZEL - PAGINAS 1789 A 1793

Ola querido Diário, quero deixar em teu corpo um dialogo símil aos fatos, preste atenção: simplesmente ele lançou as perguntas e queria respostas imediatas.

Respirei fundo... e já ia responder – mas ele, de pronto, fez aquela cara de Magister  com aquele ar de quem sabe nos deixar no meio de uma poça de areia movediça, disse: “Nada de respostas elaboradas, cheias de símbolos, nem regada com aquele ar pseudo-mistérico, quero respostas simples e que de fato possa traduzir o que você pensa”.

Juro que deu vontade de pular naquele pescoço fino e esganá-lo até ele pedir arrego, depois bater nele com um gato morto até o gato miar ressuscitado, mas sendo seu pupilo, meu regresso no seio da família está em suas mãos. 

Contive meu ímpeto de matá-lo, pois os sinais do atavismo era bem nítido em mim e se viessem a superfície ali seria catastrófico, há tempos sentia falta de um covil pois há muito havia deixado a minha antiga matilha e levado o meu antigo conciliábulo para além do véu, afinal numa matilha quando a lealdade é posta em dúvida é porque os laços de sangue estão abalados e é preciso dissolve-la para que os demais membros possam ser livres para buscarem seus próprios destinos. Alguns dos meus antigos aliados diziam que a marca do lobo proscrito estava cada vez mais forte e que não estavam pronto para a flama negra.

Ele interrompeu minha distração e como se soubesse o que eu pensava ele arrematou: djavú ou devaneios são âncoras.

Engoli em seco, e resignei-me ao seu olhar de Ferreiro que batia o ferro em brasa, ele continuo – já não está na hora de jogar água no prego que nunca esfria? – e sem esperar minha resposta, repetiu as perguntas. Por que escolheu a Bruxaria e não outra religião?

Respondi de pronto: Logo de inicio percebe-se duas contradições primária acerca da Arte Sábia e que tem sido motivo de confusão entre os praticantes das chamadas religiões neo reconstrucionistas pagãs.

Ele disse-me: Explique.

Continuei minha resposta: A Primeira coisa é entender, que ao contrário da opinião da maioria dos pagãos (que na sua maioria são anti-cristãos), é que Bruxaria não é Religião.

Ele contra argumentou: Simplifique.

Continuei: a palavra religião, como é entendido na nossa sociedade atual, vem da junção de dois termos latinos: Religio + onis  significando um conjunto de sistema culturais e de crenças, além de visões do mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais, neste sentido, aplicar-se  a religião a palavra Religare,  ou seja, ela  tem por objetivo religar o ser humano ao sagrado e através disso dita as regras morais da convivência social.

Então – disse ele e prosseguiu – em palavras simples, você está dizendo que ela dita toda a vida e convivência em sociedade?

Completei minha resposta anterior dizendo: O Bruxo ou Bruxa tem consciência que o sagrado não só permeia a natureza toda ao redor, mas a si mesmo, e este si-mesmo-bruxo, está sempre em harmonia simbiótica e comunhão com a natureza-divina. Portanto, o Bruxo percebe-se ligado ao divino, e como parte do divino, do incomensurável, do indomável e do amoral de UM-ACIMA. Assim, sabe que já veio ao mundo por meio de um ato sagrado de sexo. Ele sente e vive, o vir a este mundo - que apesar da moral vigente ver como algo ruim - com uma forma expressão do sagrado e como manifestação de sua raça. Apesar de saber que vive neste sagrado, tem também, ao mesmo tempo, consciência de que sua raça é das estrelas, e, assim, sua compreensão do sagrado e do divino, não se resume apenas ao nosso planeta, mas também a todos os mundos visíveis e invisíveis, que já habitou e que vai habitar.

Ele parou, pensou um pouco, e então falou: Você está então dizendo que o Bruxo é uma manifestação do sagrado, é um filho do sagrado, e que ele mesmo é sagrado?

Exatamente isso – respondi e completei - Por isso, para eles não há sentido em religar-se aquilo que já nasceu ligado, do qual faz parte e que é expressão e manifestação. De igual modo, a palavra escolheu, na pergunta, fica sem aplicação, porque para se fazer parte de uma religião é necessário na maioria delas um ato público de conversão, ou seja, que se associa-se a seu credo de fé, as sua regras e a sua moral, e que a veja, como a única e verdadeira e que as demais são erradas.

Ele concordou balançando a cabeça e eu desta feita foi minha vez de arrematar: ipsis verbis.

Quando achei que ele estava satisfeito, ele lançou a segunda pergunta: é preciso estender um pouco o sentido das palavras escolheu  e escolhido, como visto na pergunta anterior, então responda, você escolheu ou foi escolhido por ela?

Prossegui na resposta: nas religiões, inclusive - apesar de seus adeptos não gostarem no termo - as pagãs reconstrucionistas, é preciso um ato público de conversão, e quando este ato não é público, o novo convertido o torna - na maioria das vezes nas redes sociaisexpressando suas crenças em vestes, textos, criticas as demais crenças e/ou em discussões intermináveis e sem sentido, nas quais se  digladiam, para provar que o outro está errado,

Ele acendeu um cigarro, baforou, então provocou-me:  ou seja, usam uma forma chula de psicologia reversa para demonstrar que a sua forma de praticar a religião é única e verdadeira ?

Não me intimidei com a pergunta e rebati de pronto - isso mesmo, eles busca provar o erro do outro – segundo o seu ponto de vista – e assim acham que demonstram que a sua forma é a certa.

Mas muitos que se dizem Bruxos Tradicionais também agem assim e ai? – Ele disse com aquele ar de quem me botou contra parede.

Não discordo disso – falei e continuei – o que falta tanto em uns como outros, é entender que a Bruxaria é uma herança dos caídos aos seus descendentes. Outra coisa não percebida, ou ao menos ignorada pela maioria é que por não ser religião, a Bruxaria, produz em todos os credos religiosos Bruxos, quer estes se denominem ou não assim, quer sejam ou não conscientes disso, e sendo como já disse, a Bruxaria uma herança dos Guardiões dos Céus a seus filhos, é certo que e estes se procuram, se encontram e se juntam aos seus semelhantes.

Ele então perguntou na lata: Se a Bruxaria não é religião, como saber e se reconhecer um Bruxo?

Respondi de bate pronto: a Bruxaria é uma herança, ela esta relacionada aos poderes e dons com os quais se nasce, portanto, que não se adquire ao se converter a uma religião ou se adentrando a um grupo que se denomine Bruxo. Bruxaria tem mais haver com poderes do que com culto a Divindades e Status Sacerdotais.

Deixa eu ver se entendi direito – disse e prosseguiu -  você está me dizendo que o Bruxo nasce Bruxo?

Significo quid sentio - falei abusando das poucas frases prontas de latim e continuei – No meu entender, ninguém se converte a Bruxaria para ser Bruxo, se nasce Bruxo, e o nascimento de um Bruxo é uma manifestação do sagrado. E é sempre cercado de augúrios e sinais, ele nasce com os dons trazidos dos céus, esta é sua herança sagrada, e na maioria das vezes vem ao mundo sob a coifa de Lilith e sempre  marcado com sinal de Caim.

Como assim Caim e Abel?  - Perguntou e sentenciou em seguida – É muito cristianismo, não acha?

Meu caro! – exclamei e sem titubear falei: É preciso que a maioria que se autodenominam Bruxos desenraize o cristianismo de sob a psique. Serei mais claro, muitos que criticam o fé da cristandade não tem só mapas enraizados os quais na horas de aflições buscam se segurar, mais que isso, eles têm brotos morais que surgem além do inconscientes e se manifestam em suas ações e opiniões. Muitos que se dizem guardiões de agregados culturais da antiga religião (qual?) das bruxas europeias, usam na maior cara de pau as coisas - erva para banhos e defumações, feitiços, e ebós - do solo tupiniquins em suas aulas e pseudos ensinos herdadas de suas avós-monomastequitomizadas celtas - como se fosse coisas vindas do velho continente (e  pior tem gente que paga por isso) – então o que precisam de fato é ao invés de perderem tempo em suas eternas guerras para querer provar  - ao modo dos fanáticos evangélicos que tanto criticam – que seguem a antiga (na verdade neo) religião pagã das bruxas e deixarem o mito bíblico de Caim e Abel para a cristandade, e, abrirem-se aos símbolos contidos (ou ao menos reconhecidos)  nesta mitologia pelos praticantes da Arte Sábia e do Caminho Tortuoso do Homem de Barro Vermelho (Abel) e do homem de Fogo e Luz (Qyann/Seth), se assim agirem um dia compreenderão a Bruxaria Tradicional muito além de um agregado do antigo paganismo Europeu.

Agora foi a vez dele abusar das frases prontas ao afirmar: Ego idem sentio ac tu  - e finalizou – de fato a compreenderão um dia como herança dada aos descendentes dos Nephlilins e quem sabe deixem de criticarem e denigrem Bruxos Tradicionais, Cainnitas e Luciferianos.

Completei dizendo: Oxalá, chegue o dia em que ao invés de dizerem amém a seus super poderosos e poderosas Sacerdotes e Sacerdotisas, procurem ler um pouco mais que os livros pseudos-sagrados-verdadeiros indicados por estes, ou no  mínimo, perca a vergonha ou medo de decepcioná-los e pergunte a um Qaynnita ou a um Luciferiano sobre suas práticas.

Perguntou ele: Em resumo?

Respondi: Ninguém se converte a Bruxaria, o fato de fazer parte de um grupo ou religião reconstrucionistas ou de pagar mensalidades por aulas, e receber ritos e símbolos de iniciação, não faz ninguém Bruxo, apenas lhe confere graus dentro do grupo ou religião, ou lhe faz Sacerdote ou Sacerdotisa daquilo grupo ou religião. O Bruxo nasce Bruxo, o Bruxo é Bruxo por possuir o Sangue Bruxo, quer se aceite ou não isso, então, ninguém se torna Bruxo por se converter a uma religião, quer seja essa conversão realizada através de uma cerimônia de iniciação pública ou privada, pois não há a tal religião de Bruxaria e nunca houve. Em palavras simples, não existe se escolher ser Bruxo, mas sim, se nasce Bruxo e o sangue bruxo guiará cada um para reencontrar os seus no aqui e agora neste mundo e no mundo além do véu. Por fim, afirmo sem medo de Receber pedradas, chamar de Sabá celebração sazonal ou os pontos dos quartos cruzados na roda é um equivoco. O verdadeiro sabá é quele-do-sonho-feito-carne e isto é mistério.

Quando achei que arrasei nas respostas ele me lança mais uma pergunta dizendo a ser a ultima por hoje - Me responda fora do sentido acadêmico e da definição dada pelo falecido Magister do Cultus Sabático Andrew Chumbley - facilmente encontrado na internet, o  quem é a bruxaria para você e o que você busca nela?

Sob a promessa de ser a pergunta final respondi: Bruxaria é o uso de poderes, ditos sobrenaturais – não para o Bruxo – para mudar a realidade toda ao redor, é a ressurgência e o uso consciente dos dons herdados atavicamente falando dos guardiões, para mudar as coisas, portanto, é uma forma de arte ou oficio trabalhado conscientemente.

Mas - ele falou - a quem discorde que a Bruxaria é Ofício ou Arte, e há quem diga, por ser ela isto, ela pode ser aprendida, como sair desta sinuca de bico?

Acontece – falei e dei continuidade - que ao se aplicar a palavra Oficio ou Arte a Bruxaria, é preciso entender que as palavras tem o sentido ou deve ser entendida como quem tem o dom natural, ou seja, de quem nasce geneticamente – com a marca  e o sangue Bruxo  – propenso a determinado Ofício.

Dei-me um exemplo pueril disso – Ele falo.

Certo, darei – e prossegui -  todos nós percebemos quando um ator ou atriz nasce propenso à arte de atuar, quer seja no palco ou na mídia ou quando são medíocres; Outro exemplo claro é todos nós conhecemos alguém que é bom em alguma coisa e que por mais que tentemos não conseguimos fazer aquilo que outro faz com a mesma facilidade, por fim, há ainda um exemplo final, quem de nós não conheceu na vida alguém que desenha perfeitamente sem nuca ter tomado um curso se quer na sua existência?  Ou seja, quem nunca presenciou alguém com dom natural a determinada coisa? 

Ela falou: deixe mais claro.

Continuei: nesta ultima linha de exemplo, posso ainda citar que muitos pintores famosos tiveram seus quadros perfeitamente copiados, mas que apenas um simples olhar de um especialista para verificar que a obra, por mais perfeita que aparente, é apenas uma cópia sem valor, o especialista é capaz de distinguir uma cópia do original, mesmo que o imitador use as formas, modos, linhas, cores e pinceladas idênticas ao do artistas, seu trabalho não será mais que imitação, então o que diferencia aos olhos do especialista em arte a cópia do original? 

Ele respondeu: O dom do pintor torna sua arte única.

Exato - disse e completei -  é isto que o diferencia do imitador, ou seja, existe no original sinais e características próprias e uma propensão para aquela arte e aquele oficio, já sobre quem fez a cópia fica evidente que não tinha o dom natural, não nasceu com aquele dom e por mais que tenha estudado sua arte será sempre imitação. Assim, em palavras simples, posso afirmar que nos sabemos diferenciar aqueles que nascem com o dom para Arte Sábia e os que tentam aprender ser.  

Ele levantou-se e antes de sair disse: em resumo, o Bruxo nasce Bruxo.

O Daimon do Diário falou: Adsumus. 

Finalizei o texto em seu corpo com “Alea jacta este”.

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.....Texto construído a partir da reflexão entre um Mestre e seu Pupilo, ele é uma mentira símeil aos fatos... “e dizer mentiras símeis aos fatos é furtá-los à luz, encobri-los. As mentiras são símeis aos fatos enquanto só os tornam manifestos como manifestação do que os encobre. Ele, revela assim, similitude que se oculta na verdade e na mentira no estreito caminho entre o cinismo e a ingenuidade”.....

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sexta-feira, 28 de julho de 2017

NUMA FRIA MANHÃ DE JULHO DE 2017

Abri os olhos, antes do toque de despertar do celular, por volta das 04h25, o frio era imenso, não havia vento, mas aquele ar gelado, realmente congelante, minhas cadelas, haviam subido na cama e estavam encolhidas e encostadas em mim.Buguinha a pinscher, com mais de 23 anos de idade, que é a mais velha das três, e que está cega devido a catarata, e, magricela devido a idade e fraqueza dos ossos, estava debaixo do fino lençol que me cobria, encolhida a ponto de  lembrar um Caracol, aninhou-se com seus pelos antes negro, hoje pincelado de um cinza-amarelo-cançado, no meu umbigo, e roncava sossegada.

Eu não podia me mover, pois como durmo de lado e com os joelhos dobrados, as demais cadelas, encontraram espaço para se aquecer entre as minhas panturrilhas e as minhas costas. A cena apesar de parecer fofa, era incomoda, pois elas estavam tão  coladas a mim, que qualquer movimento meu era cerceado por seus corpos.

Com muito esforço desvencilhei-me das cadelas, mandei as duas maiores descer e coloquei Buguinha no chão, ao por meu pé no chão em busca da sandália, tomei um choque térmico, o chão parecia bloco de gelo, os espirros vieram na hora, o nariz começou a coçar e a coceira interna estendeu-se até a garganta suscitar uma fila sucessivos de espirros. Não poderia tomar o antialérgico, pois esses me dá sono, fiz um café forte no microondas, coloquei leite frio para as cadelas beberem, pois elas adoram. Pão, ovos cozido, batata-doce, e café, muito café, pré-treino, BCCA, foi a alimentação matinal.

Tomei banho quente, de caldeirão, pois o chuveiro pifou e banho frio aqui na Bahia neste frio nem pinguim suporta. Saudei os donos da terra, cujo sangue também corre em minhas veias e parti as 05h30 para a academia. 

Retornei, novo Banho quente, orações matinais pela mão direita, pois, não sou idiota como alguns em desprezar as forças ou correntes de egregoras que estão sobre e sob a terra que vivo, logo em seguida, reverenciei os Deuses de meus antepassados escravos, arrumei-me e fui trampar. Em fim, fiz o que vinha fazendo neste mês congelante de julho.

O dia parecia normal, as 074h15, peguei, o buzu e as 07h30, peguei o outro coletivo para ir ao trabalho. Como sempre, coloco meus fones de ouvidos de extraterrestre, daqueles que cobrem a cabeça, logo, me sobe um vendedor de balas, desses, que se declara evangélico, mas que no fundo, não são nada mais e nem menos que mero ignorante da própria fé que diz professar. 

Enquanto vendia seu produto, a velha e falsificada bala de gengibre, começou a pregar sua fé, até tudo bem, até porque, se ele foi salvo, gloria a Deus, mas pregar a palavra, não significa ofender a fé alheia, e por outro lado, não tenho qualquer obrigação de ouvir e tão pouco de atrapalhar o bolodorio daquele falastrão, por isso, ajustei meus fones de ET no volume máximo, mas  nem isso, foi o suficiente para deixar de ser vítima e direção de sua pregação: “O diabo está tentando fazer você não ouvir a palavra de Deus, benção” 

Eu continuei inerte – “é com você mesmo que estou falando, você que está usando esta símbolo do diabo no pescoço  - apontou a conta de Oxaguin;

Neste momento vagarosamente, retirei os fones, e perguntei a ele calmamente: É comigo?

Ele disse “é com você mesmo benção, Deus tem um plano na sua vida e Jesus te ama, tire este símbolo do diabo no pescoço e aceite Jesus”.

Neste hora o velho ditado popular que diz: O diabo é sujo, fez todo sentido, e a calma de antes, deu lugar a fúria de Ogum, como resposta lhe disse: “Não fale comigo, pois não somos amigos e não tenho interesse em ter um fanático como você como amigo, segundo já tenho Plano de Saúde, Plano Dental, Plano de internet, plano de previdência, então guarde o seu plano de tomar mais dinheiro de ofertas e dízimos em nome de Deus para você e aproveite e diga a Jesus que já sou casado e por isso ele vá ouvir Pablo na porta do bar tomando pinga e procure outro para amar”.

Sem graça e sem esperar uma resposta como aquela, por esta acostumado com a permissividade e o silêncio do povo de Santo quando agredidos, ele tentou rebater que eu não tinha entendido, e como resposta, lhe disse: “Entendi sim, você sobe no buzú, dizendo-se motivado pelo Espírito Santo e ao invés de pregar amor e união, vem pregar contra a fé alheia, escute você, seja sábio, porque o único espírito que lhe motiva aqui não é o Espírito de Deus, o Apóstolo Paulo em Atenas, quando viu os altares aos Deuses pagãos, não condenou, mas sendo sábio, viu um altar ao Deus desconhecido e pregou sobre aquele deus desconhecido, lá em Atos 17:22-23 diz: E estando Paulo no meio do Aerópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque passando eu vendo os vossos santuários, achei também um altar eu que estava escrito: ao deus desconhecido. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo é o que eu vos anuncio”. Paulo não acusou, não apontou o dedo, não tentou humilhar os outros, mas aproveitou a oportunidade e com certeza teve a revelação do Santo Espírito ali e a partir deste altar pregou a palavra, no seu caso, sua palavra pregada, não serviu ao propósito de sua fé. 

Ele quase bufando, cheio de ira santa, disse, que o diabo estava me usando para tentar envergonhar o evangelho.

E eu, que não sou de levar desaforo para casa, em contra-resposta disse: se respeite, lave sua boca com sabão antes de criticar a fé dos demais, quem é você para dizer qual religião é certa ou errada, e aprenda a ouvir a palavra e a viver o que prega, vá cuidar de sua fé cristã primeiro, antes de difamar a fé dos outros. Decidam antes se o dia do senhor é sábado ou domingo, se pode ou não cortar cabelo, ou se tem ou não que usar véu, se Jesus morreu na Cruz ou na estaca, se há ou não predestinação, se Jesus é Deus ou não, se Maria era virgem antes, durante e depois do parto ou não, se pode ou não beber, se pastor deve ou não receber salário, se Eduardo cunha é ou não evangélico, entre outras coisas que causam cisma entre vocês.

Ele insistiu: falo pelo Espírito de Deus.

E eu, continuei - o Espírito Santo que você diz pregar é bipolar, pois não chegou a um consenso nos corações dos vários líderes religiosos de vocês, a cada hora uma denominação nova surge e uma nova doutrina também e todos dizem que foi o Espírito Santo, e eu lhe pergunto, qual doutrina de fé é a certa? A da sua igreja? A da Igreja Adventista? A da Igreja Quadrangular? As das dezenas de Igrejas Assembléia de Deus, Batistas, Metodista, Menonita, sem contar as denominações de fundo de quintal? e você acha que seu bolodorio, sua conversa de que era marginal e que foi liberto vai me convencer?Então meu filho, pregue sua palavra, mas antes de pregar contra as crenças dos não cristãs, vá procurar seus irmãos evangélicos e católicos e vivam em amor ao próximo primeiro entre vocês, sendo o exemplo para nós e só depois disso venha me pregar a mim o que vocês não vivem.

Eu não prego Igreja, prego Jesus e a fé – disse ele.:

Eu disse: Então me prove a sua fé, Elias em 1 Rs 18, desafiou os 450 sacerdotes de Baal e Deus respondeu, mandando fogo do céu, sobre os sacrifício molhados, mas eu não serei tão severo ao ponto de usar o velho testamento contra você, vou ficar com Mateus 17:20 que diz - E Jesus lhes disse: em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível -. Mas eu não pedirei que desça fogo do céu ou que você mova uma montanha, sou mais humilde, se tens fé e se ela é real e se és homem de Deus, ungido pelo Espírito Santo, diga a esta moeda em minha mão para flutuar. E nem venha com essa de tentar ao Senhor, pois, você não é o Senhor e em Malaquias 3:10, está escrito - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes - Tenho certeza que você paga dízimo e Deus não irá envergonhar você e a palavra de Deus é a Bíblia e Deus a deve cumprir o que diz nela.

Ele, disse - o Diabo conhece a bíblia de cor e salteado;

Eu rebati: pelo menos ele faz o papel dele, coisa que você devia aprender com ele.

Tá amarrado- ele replicou, e eu então partir para ignorância: Amarrada seja sua língua, seu filho das trevas, vergonha para o evangelho, instrumento de satanás, que veio ao mundo para causar guerra e destruição, semeador da discórdia.

Ele a ai me disse – Vou orar por você, ainda vou lhe ver pregando a palavra de Deus – Eu não perdi a oportunidade: Se um dia isso acontecer, tenha certeza que terei sabedoria e conhecimento para não ser envergonhado como você está sendo.Ele desceu, bufando e maldizendo a mim, dizendo: Você vai se arrepender - e eu lhe disse, que Deus e o Diabo lhe dê em dobro.

Em resumo, fé e futebol é coisa que não se discute, ainda mas sem preparação.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

PONDERAÇÕES SOBRE O AMOR


Para eu e ela e para você e seu amor 
Boa tarde meu tio, ontem me veio este texto que queria dividir com você: Quando nos relacionamos com alguém e nos dedicamos de corpo e alma a este amor, vivemos a utópica imagem de perfeição, inclusive quando estamos apaixonados, estamos dispostos a acreditar que o amor será eterno e que tudo será como nos filmes de romance, que os finais são emocionantes (isso pode acontecer na vida real, no entanto, com menos freqüência).

A minha viagem meu tio parte da experiência de que, na verdade, o relacionamento vai ser ótimo, e vai ser emocionante; mas, em algum momento a crise vai surgir. Não como as leves discussões de ciúmes que alimentam e fortalecem o amor; mas uma crise verdadeira que às vezes força-nos a tomar  uma decisão dolorosa.

Todo grande amor tem crises (de um, três e sete, etc...), isso acontece nos filmes e na realidade. O que diferencia um do outro é que: nos filmes eles (os enamorados) sempre ficam juntos, já na vida real as pessoas desistem muito fácil do amor (era mesmo amor?).

Nos filmes as pessoas insistem e acreditam no amor verdadeiro, na vida real, em algum momento surge à dúvida e quase sempre esta leva a desistência do amor (e quando a dor do fim bate, tem aquele velho e bom – mas às vezes inútil -  conselhos dos amigos:  depois você encontra outra pessoa). Mas, quando a crise se instala, e por fim acarreta o fim de um romance real, dizemos: há sempre um recomeço, e há sempre uma esperança de amar outra vez. Porém, na crise surge a crise dentro da crise: era amor mesmo o que acabou? E se for, o fim é real ou um negócio mal acabado, um romance onde ambos terminaram mesmo amando-se com amor de alma que os une?

Se for meu tio, amor mal acabado, o recomeço (com novo amor) jamais terá progresso se os amantes terminados estiverem separados de corpo, mas ligados por alma. Por mais que tentem se enganar e seguirem (individualmente) em frente, isso não será possível. O amor que sentem (e ainda os une pela alma) é mais forte do que os motivos que os levaram a se separaram. Por mais que encontrem outra pessoa, jamais esquecerão o amor verdadeiro.

Todo negócio mal acabado, gera desconforto de direção (e no amor, isso é incomensurável). Tentam preencher o vazio com a ilusão de seguir em frente, buscando coisas que são indefinidas para ocupar a lacuna causada pela falta do verdadeiro amor.

Sabe meu tio acho que os filmes de amor estão tentando nos ensinar algo sobre isso e nós não aprendemos e estamos errando tanto. Precisamos mudar na maturidade (deixa eu dizer algo sobre isso: maturidade está relacionado com experiência e não com idade), ou seja, essa experiência de dor e de vazio daquela pessoa, vai nos causar maturidade para saber lidar com a relação mal acabada (era mesmo amor o que acabou?).

Então, como os filmes nos ensinam: não usem as experiências ruins para abandonarem seu grande amor, use-a como trampolim para agir como maturidade e resolver a união.

Portanto, não se iluda com a falsa expectativa de que seguir em frente e esquecer aquele amor te tornará bem sucedido (pois se era amor compartilhado, não se esquece); ao contrário, isso te fará viver uma vida pensando no por que não terem tentado mais uma vez da uma chance ao amor.

Temos (quando o amor é compartilhado) dê sempre dá uma nova chance ao amor, pois amor é a força mais soberana que existe para unir e amoldar as almas separadas (que compartilham mutuamente de uma amor comum).

Deus, em sua soberania, criou e se submeteu ao amor para unir-se ao homem, perdoá-los. Assim, devemos aprender a mesma lição: o amor une e não separa.

Se temos amor (compartilhado por ambas as almas), usemos as mesmas lições dos filmes: as experiências que gerou a maturidade para reconciliar-se com nosso grande amor.

Mas se apenas uma metade da alma ama (e isso foi o motivo da crise), temos que superar as dores da separação e nos convencer que apenas um amou e o outro não, e pelo amor a si mesmo (se não era amor compartilhado que a crise findou) precisamos deixar de lado aquilo que foi ruim na ilusão do amor (pois só uma metade amou - não se pode amar por dois), e nos projetar num patamar superior para se ser feliz em busca da outra metade do amor que nos completa na jornada da vida e que está em algum lugar procurando por nós.  

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Texto construído a partir da reflexão de meu sobrinho de sangue e alma, (indomável ovelha negra da família): Kaique Lowram e descaradamente plagiado por mim, com a conivência e autorização dele. Por isso o texto tornou-se mentiras símeis aos fatos... “e dizer mentiras símeis aos fatos é furtá-los à luz, encobri-los. As mentiras são símeis aos fatos enquanto só os tornam manifestos como manifestação do que os encobre " ele, revela assim, similitude que se oculta na verdade e na mentira no estreito caminho entre o cinismo e a ingenuidade.....

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